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Viva a Ilha do Fundão

Viva a Ilha do FundãoCoppe lança concurso fotográfico para revelar as múltiplas belezas da Cidade Universitária.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Viva a Ilha do Fundão

Carlos Ribeiro

Viva a Ilha do FundãoNo ano do seu cinquentenário, a Coppe vai revelar as múltiplas belezas de um lugar ainda pouco conhecido, até mesmo pelos seus 90 mil frequentadores diários. Trata-se da Ilha do Fundão, local onde a instituição está instalada desde 1967, quatro anos após a sua fundação, no campus da Praia Vermelha. Para homenagear essa ilha tão especial, responsável por uma parte representativa da produção de ciência, tecnologia e inovação no Brasil, a Coppe acaba de lançar o concurso fotográfico Viva a Ilha do Fundão, cujas inscrições abriram dia 31 de outubro. O endereço é http://www.coppe50anos.com.br/vivailha.

Aberto ao público em geral, o concurso está dividido em três categorias: Ciência e Tecnologia, Vida no Campus e Natureza e Arquitetura. Os concorrentes podem postar suas fotografias no hotsite do concurso e, após o término do prazo para inscrições, uma comissão de especialistas elegerá as três melhores fotos em cada categoria. Uma votação pela internet também escolherá três fotografias, independente da categoria.
Os autores das melhores fotos serão premiados com câmeras fotográficas que serão entregues na solenidade que antecederá a abertura da exposição das fotos na Coppe, em março de 2014. Também haverá uma exposição virtual no hotsite do concurso.
Comissão de especialistas

O Concurso Fotográfico Viva a Ilha do Fundão é composta por especialistas e profissionais que atuam nas áreas de fotografia, comunicação e arte. São eles o fotógrafo Custódio Coimbra; o jornalista e professor da Escola de Comunicação da UFRJ, Dante Gastaldoni, o artista plástico e professor da Escola de Belas Artes da UFRJ Cezar Bartholomeu, a arquiteta e artista plástica Fernanda Metello, a fotógrafa Joana Mazza e a designer gráfica Danielle Martins. A comissão é presidida pelo professor de Engenharia Química da Coppe e do Ateliê da Imagem, Príamo Melo.

A Ilha do Conhecimento

A Ilha do Fundão surgiu a partir da integração de um arquipélago formado por oito ilhas: Baiacu, Bom Jesus, Cabras, Catalão, Fundão, Pindaí do Ferreira, Pindaí do França e Sapucaia. A integração foi feita de 1949 a 1952, por meio de aterro.
Sede da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Ilha do Fundão, também conhecida como Cidade Universitária, abriga 26 unidades da UFRJ, instituições que atuam na área de C&T e centros de pesquisa ligados a grandes empresas. Ao todo circulam diariamente pela Ilha cerca de 90 mil pessoas. São em sua maioria estudantes, professores, funcionários, técnicos e pesquisadores que trabalham sobre o maior valor do mundo contemporâneo: o conhecimento.

A arquitetura é um capítulo à parte em sua história. Entre suas construções mais marcantes está a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, projeto de 1957, que conquistou o primeiro prêmio na categoria de edifícios públicos na Exposição Internacional de Arquitetura da IV Bienal. Nas últimas duas décadas a Cidade Universitária ganhou novas e modernas instalações: laboratórios de grande porte inaugurados pela Coppe, novos centros de pesquisa, a maioria instalada no Parque Tecnológico, e uma ponte que exibe uma arquitetura arrojada.

História e curiosidades

Apesar das transformações realizadas nas últimas seis décadas, a Ilha guarda às margens da Baía de Guanabara belezas naturais e uma série de curiosidades que marcaram a sua história. Uma delas é o hangar de hidroaviões, instalado próximo ao alojamento dos estudantes. Localizada na antiga Ilha das Cabras, a edificação foi utilizada, do fim da década de 1920 ao fim dos anos 1930, pela empresa italiana Lati. Próximo ao hangar está conservado o Parque do Catalão, uma reserva de 17 hectares de mata atlântica que está situada na área da antiga Ilha do Catalão e reúne 120 espécies arbóreas diferentes.

Abriga também edificações do Brasil Colônia que restaram no Rio de Janeiro: a Igreja do Bom Jesus da Coluna, erguida no início do século XVIII e tombada, em 1964, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). No local, encontram-se as ruínas de um convento construído por padres franciscanos. A igreja, que fica dentro da área da Companhia de Comando da 1ª Região Militar, está sendo restaurada.

Ainda no campo das curiosidades, vale registrar que a Ilha do Fundão foi usada como circuito de rua para competições de automobilismo, de 1964 a 1965. Uma das corridas realizadas no local, em 11 de abril de 1965, foi vencida por um piloto estreante: Emerson Fittipaldi. Ao volante de um Renault 1093, ele iniciava uma carreira de sucesso, que culminou com dois títulos mundiais de Fórmula 1.

Ao longo de seis décadas, a Ilha do Fundão sofreu várias transformações. Mantendo sintonia com o universo de ideias que abriga, é um projeto em permanente construção. O sonho de Gustavo Capanema de reunir toda a UFRJ em um só local pode não ter sido plenamente concretizado. Mas a ilha certamente superou as expectativas do projeto original, ratificando a tese de que sonhar é preciso, tanto quanto navegar.