LEONÍDIA – UMA PERFORMANCE ACIMA DE QUALQUER PRECONCEITO
“Leonídia”. Este é o nome de uma mulher apaixonada pelo poeta Castro Alves, personagem da história representada pela performance cultural da “trupe diVersos”, integrada por pessoas em tratamento nos serviços de Hospital-Dia, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB), e no Hospital Municipal Philippe Pinel, além de uma cadeirante e de um ator cego do Instituto Benjamin Constant, que interpreta o poeta brasileiro.
Fazendo uso de múltiplas linguagens, como dança, poesia, música e projeções de fotografias para compor o cenário, o espetáculo desenvolveu-se por livre criação coletiva, a partir da leitura do livro “Leonídia”, de Myriam Fraga, biografia de uma mulher internada no hospício São João de Deus, Salvador/BA, e que teria supostamente enlouquecido por amor ao poeta Castro Alves, seu amigo de infância.
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“Leonídia” faz a crítica ao modelo asilar e ao preconceito. Sua construção se deu no âmbito do Projeto Paratodos, sob coordenação da professora Marta Peres, da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ. “Por intermédio desse projeto de extensão, é possível vivenciar experiências de criação cênica por um grupo bastante heterogêneo, unindo a ciência envolvida com a dança, como a cinesiologia, à atividades de fruição artística e conscientização corporal”, explica a professora.
O espetáculo será apresentado às 18h na Casa da Ciência da UFRJ, que fica à rua Lauro Müller,3 – Botafogo. A entrada é franca.