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Curso orienta no combate ao Aedes

CAPA MOSQUITOImpedir formação de criadouros é a melhor estratégia para evitar propagação de doenças.

 

 

 

 

 

 

 

CURSO ORIENTA NO COMBATE AO AEDES

29/01/2016

 

A Prefeitura da UFRJ promoveu na quinta-feira (28/1), o curso de capacitação “Controle e Combate ao mosquito Aedes aegypti” voltado aos servidores e funcionários terceirizados ligados à administração predial. Realizado em parceria com a equipe da Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde (CAP 3.1), ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura do Rio, o evento apresentou as formas de manifestação das doenças transmitidas pelo mosquito e deixou claro que a melhor forma de evitar o aumento de casos é a erradicação dos criadouros do vetor.

Apresentação de imagens e até o uso de microscópio para identificar os ovos e larvas do mosquitos foram utilizados para que os participantes conhecessem as formas de evolução do inseto, do ovo até a fase alada. De acordo com Ralph Müller Brasil, da equipe municipal de vigilância em saúde, os principais locais que servem como criadouros surgem a partir de um descuido da ação humana, desde uma caixa d´água descoberta ao lixo destampado ou descartado de maneira imprópria. “Na postura, a fêmea deposita estrategicamente ovos em diferentes locais e próximo à linha da água, na expectativa de que as chuvas aumentem o nível e permitam que eles eclodam”, ensinou.

No primeiro momento, participaram do evento pessoas ligadas às nove unidades hospitalares da UFRJ, a Escola de Educação Infantil (EEI), Residência Estudantil, IESC e Prefeitura da UFRJ. Novas turmas estão sendo programadas para os próximos meses. Em fevereiro, está sendo programada uma visita em campo, no qual os participantes poderão ter melhores condições de identificar possíveis criadouros nos campi universitários.

Por meio de armadilhas especiais, estão sendo identificados os mosquitos e locais de maior incidência no campus da Cidade Universitária. No Horto Universitário, por exemplo, há maior quantidade de um parente do vetor brasileiro, que é o Aedes albopictus, de origem asiática. Ele habita áreas rurais e é responsável pela propagação da dengue na Ásia. Por aqui, segundo o especialista Ralph Brazil, não há estudos correlacionando o inseto como vetor da doença, mas ele deixou o alerta para que ninguém subestime a capacidade de reprodução dos Aedes.

No mesmo dia em que a palestra aconteceu, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou a criação de um Comitê de Emergência para orientar sobre formas de lidar com o zika vírus, que já atinge 23 países. Para Margaret Chan, diretora-geral da organização, a doença “se propaga de maneira explosiva”. O número de casos pode chegar a 4 milhões nas Américas, com o Brasil responsável por 1,5 milhão dessas ocorrências.