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Imprensa carioca destaca criminalidade no caminho para a Cidade

Matéria do globo e RJ TV 4

O aumento nos assaltos aos ônibus que transportam estudantes chama a atenção.]

 

 

 

 

IMPRENSA CARIOCA DESTACA CRIMINALIDADE NO CAMINHO PARA A CIDADE UNIVERSITÁRIA

30.11.2016

Na edição de hoje (30/11), o jornal O Globo destaca o aumento da violência nos ônibus que conduzem passageiros para a Cidade Universitária. As linhas mais visadas pelos criminosos são as que fazem conexão com a Zona Sul do Rio de Janeiro.

A edição matinal do RJTV, da Rede Globo também chamou a atenção para uma dupla que assalta quase diariamente os ônibus da linha 485 (Penha – General Osório), replicada no G1. Além disso, segundo a reportagem “não é só a linha 485 que vem sofrendo com o aumento de assaltos. Em 2016, os n[úmeros dispararam em todo o Rio. De janeiro a setembro deste ano, foram 9.246 assaltos no estado. No mesmo período do ano passado, 5.708 foram registrados, um aumento de 62%.

Veja a reportagem do G1 clicando aqui e a assinada pelo repórter Antônio Wernec, no O Globo, na íntegra ou clique aqui.

 

Campus da UFRJ no Fundão teve 24 assaltos em ônibus só este mês

RIO – Medo. Esse é o sentimento que tomou conta de professores, estudantes e funcionários da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde o aumento dos casos de roubos no interior de ônibus que passam pela Ilha do Fundão. Nos últimos dois meses, o número de relatos triplicou, de acordo com a direção da UFRJ. Um monitoramento feito informalmente pela administração da universidade identificou 24 assaltos somente neste mês, envolvendo quatro linhas que circulam pelo campus: 485 (Siqueira Campos–Cidade Universitária), 913/616 (Del Castilho–Cidade Universitária) e 761D (Charitas–Galeão).

A estudante Beatriz Guerra, de 20 anos, que cursa o 6º período de Química, disse que tem evitado pegar a linha 485.

— É a linha mais visada pelos ladrões e assaltantes. Sempre que posso, evito. Se preciso ir à Zona Sul, faço baldeação, pegando até dois ônibus. Eu nunca fui assaltada, mas conheço vários amigos e amigas aqui da UFRJ que já foram — afirmou Beatriz.

A UFRJ é a maior universidade do estado. Tem cerca de 55 mil estudantes, quatro mil professores e oito mil funcionários. Diariamente, segundo a reitoria, circulam no Fundão cerca de cem mil pessoas. Tanta gente tem atraído criminosos também para dentro do campus: somente este ano foram registrados na área 15 roubos a pedestres e três roubos de carros — com uso de violência e até de armas —, além de 22 furtos de veículos.

REUNIÃO COM ROBERTO SÁ

Isabela Cavalcanti, de 21 anos, estudante do segundo período de engenharia química e moradora de Laranjeiras, disse que são muitos os relatos de roubos.

— Conheço várias pessoas que já foram roubadas dentro do ônibus chegando ou saindo do campus do Fundão. Eu mesma nunca fui. Já assisti a uma tentativa: um menino entrou no ônibus e tentou roubar o celular de uma passageira — contou Isabela.

O aumento dos casos levou o reitor da UFRJ, professor Roberto Leher, e o prefeito da universidade, professor Paulo Mário Ripper, a pedirem providências ao secretário de Segurança, Roberto Sá. Na última segunda-feira, os três tiveram uma reunião na sede da secretaria estadual. O coronel Wolney Dias, comandante-geral da PM, também participou do encontro.

Eles entregaram ao secretário de Segurança um ofício solicitando atenção para os assaltos nas linhas de ônibus que passam pela Cidade Universitária e reforço no policiamento na área de unidades da UFRJ no Centro, São Cristóvão e Zona Sul.

— Estamos trabalhando vários cenários possíveis, desde aumentar efetivos para a segurança das entradas e saídas do campus à possibilidade de termos polícia montada da PM. Há problemas orçamentários, são medidas de custo operacional alto, mas seriam ações adequadas — revelou Roberto Leher.

Segundo o reitor, no primeiro semestre de 2017, o campus da Ilha do Fundão terá pórticos com câmeras para monitoramento nas quatro entradas e saídas: Linha Vermelha/Linha Amarela, Estação BRT, Ponte do Saber e Avenida Brigadeiro Trompowski. Ao todo, a UFRJ vai instalar dez câmeras nestes acessos. Para o professor Paulo Mario Ripper, a situação é crítica:

— Com a instalação das câmeras nas entradas e saídas do campus, vamos conseguir registrar as placas de todos os veículos que trafegam no local. Hoje, temos praticamente toda a Cidade Universitária monitorada. Com a medida, vamos levar mais segurança para a comunidade acadêmica — afirmou Ripper.

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REFORÇO NOS COLETIVOS

O reitor da UFRJ afirmou que o secretário Roberto Sá garantiu na reunião que vai reforçar a segurança nos ônibus:

— O secretário entrou em contato direto com as equipes da polícia que cuidam dos ônibus e foram incluídas como prioritárias todas as linhas que destacamos. Isso vai significar o aumento do policiamento, inclusive com polícia reservada (P2) no interior dos coletivos — disse Roberto Leher.

Procurado para falar do assunto pelo GLOBO, o secretário estadual de Segurança, Roberto Sá, enviou apenas uma nota pela sua assessoria de imprensa dizendo que convocou para a reunião o comandante-geral da PM e também que ouviu os pedidos e questionamentos sobre melhorias no patrulhamento realizado pela PM. Ainda no comunicado em que tratou do tema, o secretário afirma que “é importante dizer para todo o Rio de Janeiro que a UFRJ é um patrimônio nacional, que é um orgulho tê-la aqui muito próxima de todos nós”.