Há um grande risco de uma epidemia de chikungunya no Rio, caça ao transmissor deve ser frequente.
COMBATE AOS FOCOS DE AEDES AEGYPTI DEVE SER REFORÇADO NO VERÃO
10.01.2017
Com o verão, os esforços para combater os focos do mosquito Aedes aegypti devem ser redobrados. A cada estação o mosquito ameaça com novas epidemias, depois da dengue e da zika, o que assombra à população desta vez é a chikungunya.
O coordenador da Rede Dengue, Zika e Chikungunya da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), José Augusto de Brito alerta que neste verão há um grande risco de uma epidemia de chikungunya no Rio e, simultaneamente, ter também uma epidemia de dengue e zika.
Os sintomas da Chikungunya são parecidos com os da zika e a da dengue, mas atinge de forma severa as articulações e um grande número de pessoas pode ficar com essa doença crônica, sentindo dor por até dois ou três anos. Segundo o pesquisador da Fiocruz “a Chikungunya não é uma doença que mata, mas é uma doença que incapacita a pessoa. Quem é acometido pela Chikungunya, tem que ficar no mínimo em repouso por 15 dias, uma vez que as articulações como, as dos joelhos, tornozelos, e mãos ficam comprometidas e a pessoa não consegue fazer nada”.
A Coordenação de Meio Ambiente da Prefeitura da UFRJ combate permanentemente os focos do Aedes na Cidade Universitária. Através da parceira com a equipe de Vigilância Municipal de Saúde realiza vistorias periódicas nos locais que possam servir de criadouros do vetor, aplica larvicida nos ralos, além da instalação das ovitrampas, armadilhas próprias para a contagem de ovos de fêmeas em áreas específicas.
O novo secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Eduardo Matos informou, que segundo a previsão dos especialistas da instituição, entre 30% a 50% da população do Rio de Janeiro poderá ter Chikungunya durante o verão. Para o secretário é fundamental que a população ajude a combater e a controlar os focos do mosquito.
Nunca é demais lembrar: mantenha as caixas d’água cobertas, limpe sempre as calhas de telhados para não acumular água, coloque areia nos vasos de plantas, não amontoe lixo com sacos plásticos, garrafas, pneus ou qualquer outro objeto que possa acumular água da chuva. Outro alerta importante é para as pessoas que vão viajar e deixar os imóveis fechados, qualquer recipiente com água, mesmo que em pequena quantidade, pode virar um criadouro do mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya num curto período de tempo.