Uma das propostas é implantar companhia do 17º (BPM) em área do campus.
CIDADE UNIVERSITÁRIA TERÁ CONSELHO DE SEGURANÇA
Uma das propostas é implantar companhia do 17º (BPM) em área do campus.
23.02.2017
A Ilha do Fundão pode contar ainda este ano com a base para uma das companhias do 17º BPM (Ilha do Governador). A proposta surgiu do Conselho de Segurança da Cidade Universitária (CSCiduni) que está em formação e nesta quinta-feira (23/2) reuniu representantes das forças de segurança pública, das empresas do Parque Tecnológico, da Petrobras, do Cetem e da Prefeitura da UFRJ. O atual comandante do batalhão da PMERJ, Odair Blanco, recebeu bem a sugestão, ressalvando porém que é preciso haver condições para receber os policiais que serão lotados na unidade.
O representante da Schlumberger, Ralf Borges Ferreira, informou que a empresa estaria disposta até a doar módulos habitacionais e equipamentos de informática para a instalação da sede da companhia. O prefeito da UFRJ, Paulo Mario Ripper, levará a proposta ao reitor da universidade, Roberto Leher, para análise do local mais adequado para esse baseamento avançado da Polícia Militar. Conforme lembrou o diretor do Parque Tecnológico, José Carlos Pinto, a escolha deve considerar um local que esteja integrado e atenda o interesse de todos que estão instalados na Cidade Universitária, da comunidade acadêmica às empresas com sede na ilha.
Outro ponto abordado na reunião foi o encaminhamento de um documento para o governo estadual visando aumentar o efetivo do 17º BPM (Ilha do Governador), que é um dos menores do Estado do Rio de Janeiro e ainda assim muitas vezes é solicitado para dar apoio em outras áreas da capital. As condições de trabalho na 37ª DP (Ilha do Governador) também precisarão ser melhoradas. Há carência de equipamentos e insumos básicos, em virtude da crise econômica do Rio, o que levou algumas das pessoas presentes a oferecer doações ao inspetor Leandro Borges Filho, representante do delegado Geraldo Assed Estefan, que estava envolvido com o planejamento de operações no Carnaval.
Ambos os policiais destacaram o baixo número de notificações para os órgãos oficiais dos casos de violência na Cidade Universitária, o que leva à mancha criminal (mapa com a incidência de crimes) da região ser uma das mais baixas da cidade do Rio de Janeiro, apesar de volta e meia a questão da segurança no campus ser manchete nos noticiários. O inspetor da 37ª DP (Ilha) lembrou ainda que a demora para efetuar um boletim de ocorrência (BO) ou quando a vítima o faz em outra delegacia é um dos fatores que retardam e até atrapalham as investigações. “Oficialmente, por exemplo, desconhecíamos os casos de sequestros-relâmpagos ocorridos na semana passada”, disse Leandro Borges Filho.
O prefeito da UFRJ aproveitou encerramento do evento para anunciar que serão instaladas novas câmeras em pontos estratégicos, que terão as imagens das conexões da Cidade Universitária com as linhas amarela e vermelha e serão liberadas para todos com acesso à internet. “As pessoas poderão pelo computador ou pelo smartphone verificar as condições das pistas que levam para a Barra, Centro ou Baixada Fluminense. Já iniciamos os estudos para retomar esse serviço de orientação”.