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Eliminar a Dengue – Desafio Brasil: Fiocruz anuncia para outubro

WOLBACHIA SylvestreFiocruz vai liberar mosquitos contaminados com a bactéria inibidora da propagação de arbovírus pelo Aedes aegypti.

 

 

 

 

 

 

 

 

ELIMINAR A DENGUE – DESAFIO BRASIL: FIOCRUZ ANUNCIA PARA OUTUBRO PROJETO PARA A CIDADE UNIVERSITÁRIA

18.08.2017

O gerente operacional do projeto “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil”, Gabriel Sylvestre, realizou palestra no Centro de Ciências da Saúde (CCS), para esclarecer dúvidas sobre a iniciativa internacional para combater a propagação da dengue, zika e chikungunya, que começa a ser implanta na Cidade Universitária a partir de outubro e consiste na liberação de mosquitos contaminados com a bactéria inibidora da propagação de vírus pelo Aedes aegypti. A iniciativa faz parte da estratégia de divulgação do projeto internacional “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil”, que acontece em 12 países, entre eles: Austrália, Indonésia, Vietnã, Colômbia e Índia.

Antes da liberação dos mosquitos com a bactéria, há um trabalho de divulgação de informações para esclarecer a comunidade acadêmica sobre o projeto e deixar claro que os vetores não passam por nenhuma alteração genética. O processo é totalmente natural, pois a bactéria Wolbachia está presente em mais de 60% de 194 espécies de insetos que convivem com o homem. Além disso, uma auditoria independente vai avaliar a aceitação dos frequentadores do campus, conforme determina o Comitê Nacional de Ética Humana (Conep).

Sylvestre explicou que o método da liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, vai promover uma substituição gradual da população do vetor. “Essa bactéria está presente em outros insetos e é capaz de inibir vírus da dengue, zika e chikungunya. É um método natural e autossustentável, pois a bactéria é transmitida pelas fêmeas dos mosquitos aos descendentes”.

A Cidade Universitária será uma das áreas previstas para a expansão das ações da Fiocruz e a Prefeitura da UFRJ auxilia o trabalho, com a definição de locais para posicionar as ferramentas de controle da eficácia do projeto. “Durante dez semanas haverá a soltura em vias públicas de mosquitos Aedes aegypti com a Wolbachia, mas depois da quarta semana começa o controle das ações, com a instalação de armadilhas em pontos com fornecimento de energia e abrigados das chuvas”, informou o prefeito da UFRJ, Paulo Mário Ripper.

O projeto conta com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Comissão Nacional de Ética Humana (Conep) após rigorosa avaliação sobre segurança para a saúde e para o ambiente. Aqui no Brasil, o projeto está saindo da experiência bem sucedida testada em alguns bairros para ampliar a área de atuação e beneficiar a população de três cidades brasileiras: Niterói, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Para explicar a inexistência de riscos para a comunidade acadêmica, o pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz e responsável nacional pelo projeto “Eliminar a Dengue: Desafio Brasil”, Luciano Moreira esteve já esteve em junho no Centro de Ciências da Saúde (CCS). Na oportunidade, algumas dúvidas sobre a iniciativa foram esclarecidas. Para conhecer mais detalhes sobre o método do projeto www.eliminatedengue.com/brasil e inclusive assistir a desenho animado criados para mostrar como os cientistas descobriram a ação da Wolbachia.