Ações contra consumo de crack
Na quarta-feira (24/10), representantes da Prefeitura Universitária e da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) estarão mais uma vez reunidos para decidir sobre ações conjuntas que evitem a transformação de áreas da Cidade Universitária em pontos de consumo de crack. Desde as operações de ocupação da Polícia Militar nas favelas do Complexo de Manguinhos e da Favela do Jacarezinho no último domingo (14/10), o número de usuários da droga se multiplicou nos arredores do campus, principalmente na Avenida Brigadeiro Trompowski.
Desde maio, a Prefeitura Universitária acompanha a movimentação dos usuários que, após algumas medidas repressivas, deslocaram-se para a pequena faixa de manguezal às margens do Canal do Fundão. “Chegamos a entrar em contato com a Polícia Militar na tentativa de evitar problemas maiores. No entanto, estudando melhor a questão, percebemos que o problema está relacionado à saúde pública e ação social”, informou o prefeito da UFRJ, Ivan Carmo.
O crack, droga derivada da cocaína, está se tornando um problema que afeta grande parte do país. Os serviços de atendimento a dependentes químicos relatam que o consumo da droga ocorre sem distinção entre classes sociais.
Segundo Ivan Carmo, a SMAS solicitou dados e imagens para planejar a melhor maneira de atuar. “Formalizamos a solicitação para que as operações prosseguissem e estamos em busca de procedimentos para que a universidade contribua com o conhecimento no combate ao problema”, informou o prefeito.
Alterações no patrulhamento do campus pela Coordenação de Segurança (Diseg), porém, estão programadas. “Viaturas e vigilantes da Diseg estarão atentos nos horários e áreas onde foram avistados consumidores, colocaremos grades para impedir o acesso ao manguezal na área próxima à Avenida Brigadeiro Trompowsky e estamos solicitando aos responsáveis pelas unidades que orientem os seguranças a agir com autoridade para pedir a desocupação de espaços onde estejam usuários”, informou Ivan.