Corredor da Prefeitura estimula companheiros de trabalho a melhorar desempenho físico participando de corridas.
Sem limite para correr com saúde
Sidney Coutinho
Quanto mais idade maior deve ser a disposição. É assim que pensa o carpinteiro da Prefeitura Universitária Milton Francisco da Silva, que aos 62 anos participou pela terceira vez da meia Maratona do Rio no domingo passado (18/8) e baixou mais uma vez o seu tempo na competição. “Fiquei em 40º lugar com o tempo de 1h44min14s, o meu melhor registro em uma competição de 21 quilômetros”.
O segredo segundo o paraibano que está no Rio de Janeiro desde os 19 anos é uma rotina diária de treinos e um pouco de orientação técnica, que ele está obtendo no Espaço Saúde do Sintufrj. “Ajudou muito o trabalho de musculação que venho desenvolvendo lá. Também passei a dosar mais a energia ao longo de todo o percurso. Em relação à alimentação eu continuo, porém, comendo o arroz e feijão de sempre, nada de especial”, disse.
Mas o que o motiva a acordar todos os dias às 5 horas da manhã, chova ou faça sol? De acordo com ele, o resultado ele observa na melhora do condicionamento físico e da própria saúde. Recentemente, ele relata que fora ao médico para um check-up e acabou sendo elogiado pelo seu excelente estado físico para a faixa etária. Entre os mais de 20 mil inscritos na prova de 21.097 metros, o percurso é entre a Praia de São Conrado e o Aterro do Flamengo, Milton da Silva ficou em 40º lugar entre os corredores com idade de 60 e 64 anos.
O vencedor da 17ª edição da meia maratona Internacional do Rio de Janeiro foi o queniano Geoffrey Mutai, que também já havia sido o líder nas competições de Boston, Nova Iorque e Berlim. Ele conquistou o tempo de 59min57s estabelecendo um novo recorde da prova. Os brasileiros melhor colocados foram Giovani dos Santos, no masculino, e Cruz Nonata, no feminino, ambos na quarta colocação.
O corredor da Prefeitura começou a atividade física há 13 anos, quando pela primeira vez participou de uma competição realizada pela Petrobras na Cidade Universitária. Na ocasião, ele acabou em primeiro lugar. “Comecei tarde na corrida. E me destaquei com vitória na primeira participação. Na hora nem acreditei. Daí, eu resolvi passar a treinar com mais regularidade e não me arrependo”, conta ele, que aconselha a qualquer pessoa a abandonar o sedentarismo e realizar um exercício barato e democrático como a corrida.