A ameaça de disseminação de dengue, zika ou chikungunya desencadeia diversas ações de combate ao vetor.
AUMENTA O COMBATE AO AEDES AEGYPTI NA UFRJ
8.12.15
Sidney Coutinho
O combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, chikungunya e zyka, aumentou na Cidade Universitária desde o início do mês, com diversas ações tomadas pela Prefeitura da UFRJ. A ameaça de disseminação das três doenças no Rio de Janeiro, principalmente a última, acendeu o alerta em meio a crise que reduziu os quadros de profissionais que fazem o recolhimento de possíveis criadouros de larvas do vetor.
De acordo com a coordenadora de Meio Ambiente da prefeitura, Carmen Odete, o contingenciamento de verbas diminuiu as equipes de varrição, roçada e limpeza de bueiros, mas a solução é aumentar a capacitação das pessoas para que podem reconhecer melhor os possíveis locais que acumulam água e permitem a proliferação do mosquito nos períodos chuvosos. “Estamos preparando orientações específicas para os administradores prediais de cada unidade. Queremos que eles aprendam a reconhecer, eliminar ou apontar pontos críticos que possam acumular água e dar formação a focos”, disse.
A proposta é dar treinamento em palestras, que duram no máximo dois dias, para que eles passem a ter um olhar atento ao que pode ou não se tornar um foco do Aedes aegypty. Agentes de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) serão os responsáveis por essa formação. Eles também já fizeram um mapeamento dos pontos mais vulneráveis da Cidade Universitária, onde já foram encontradas larvas de mosquito. “Vila residencial, Museu Oceanográfico, canteiro de obras do BRT, Biorio, Centro de Tecnologia são locais onde encontramos larvas. Mas a Cidade Universitária como um todo está preocupando, pois há vários locais onde é possível ver locais que acumulam água”, disse o agente João Roberto Mendes dos Santos.
Com a ajuda da equipe da Prefeitura da UFRJ, diversas áreas estão sendo vistoriadas. Em algumas, como os campos de futebol e quadras, é espalhado larvicida nos ralos dos vestiários, em outras, como os subsolodo Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, são introduzidos peixes da espécie Guppy – resistente à água clorada, com baixa salinidade e que se reproduz com facilidade – para controle biológico. Onde há caixas d’água descobertas, os agentes usam capas permeáveis à água distribuídas pela SMS, além de instalarem ovitrampas, armadilhas próprias para a contagem de ovos de fêmeas em áreas específicas.
A primeira turma a receber treinamento será formada por integrantes da própria Prefeitura da UFRJ. Em janeiro, o treinamento será estendido para os administradores prediais, segundo a coordenadora de Meio Ambiente. “Sabemos da importância de capacitar o maior número de pessoas rapidamente, mas precisamos divulgar o treino e preparar material. Queremos grande adesão e há um temor de que isso não ocorra no fim do ano”, destacou Carmen Odete. As inscrições para o treinamento deverão ser realizadas no site da Prefeitura da UFRJ (comunicacao@prefeitura.ufrj.br) ou pelo telefone: 3938-9323 (procurar Lenir Gomes).
Fotos: Marcos Gusmão