Museu Nacional abre exposição Kumbukumbu – África, Memória e

bandeira de guerra DaoméExposição apresenta 185 objetos trazidos do continente africano ou que pertenceram ou foram produzidos por africanos ou seus descendentes diretos no Brasil.

 

 

 

 

 

 

Museu Nacional abre exposição Kumbukumbu – África, Memória e Patrimônio

Antonio Carlos Moreira

O trono de um rei Daomé, dado de presente a D. João em 1810, e objetos ritualísticos confiscados pela polícia no início dos anos 1940, quando as práticas do candomblé eram proibidas no Rio de Janeiro, integram a exposição Kumbukumbu – África, Memória e Patrimônio, que será aberta ao público a partir da próxima quarta-feira (14/05) no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro.

A exposição permanente apresenta 185 objetos do acervo de 700 peças pertencentes ao Museu Nacional/UFRJ, trazidas de diferentes partes do continente africano, entre 1810 e 1940, e acrescida de outros que pertenceram ou foram produzidos por africanos ou seus descendentes diretos no Brasil, entre 1880 e 1950. A nova exposição traz a público um pequeno tesouro escondido por muitos anos.

Os visitantes poderão contemplar, ainda, parte da coleção da antropóloga Heloisa Alberto Torres (1895-1977), diretora do Museu Nacional entre 1940 e 1950, com objetos adquiridos nas principais casas de candomblé do recôncavo baiano. O destaque desta coleção são os alaka, tecidos africanos feitos em tear e trazidos da costa ocidental para o Brasil.

A palavra Kumbukumbu, que dá nome à exposição, tem origem na língua swahili usada para objetos, pessoas ou acontecimentos que nos fazem pensar sobre o passado. Alerta sobre a dimensão do passado que abre um caminho para o futuro, destacando a ideia de memória e o patrimônio.

ÁFRICA
A África hoje é um continente que abarca 30 milhões de quilômetros quadrados distribuídos em 54 países e nove territórios, com mais de um bilhão de pessoas falando cerca de mil diferentes línguas. O continente tem riquezas incalculáveis em diamantes, petróleo e diversos minérios cuja exploração contribui para os maiores contrastes econômicos e sociais do mundo.

Desde a antiguidade a África integrou as mais longas e importantes rotas comerciais e através delas entrou em contato com povos e culturas distantes. No século VII as caravanas árabes trouxeram o Islã para o norte da África; no século XV os cristãos chegaram à costa atlântica e a partir do final do XVII o crescimento do comércio atlântico de escravos levou à maior migração forçada da história moderna. A expansão colonial europeia sobre a África nos séculos XIX-XX rompeu a dinâmica histórica africana e estabeleceu novos padrões políticos e econômicos sustentados pela força militar, pelas alianças do poder colonial com elites africanas, e pela implantação de padrões europeus de vida moderna. Em meados do século XX os vitoriosos movimentos de independência começaram a mudar esse panorama, mas ainda hoje os países africanos enfrentam o desafio de vencer a pobreza, construir nações multiétnicas, multireligiosas e ao mesmo tempo democráticas e abertas às novas tecnologias e à globalização.

A coleção que o Museu Nacional/UFRJ expõe não abarca a diversidade do continente africano. A maioria dos objetos data do século XIX, quando os países modernos ainda não existiam. Muitos deles foram recolhidos junto a povos que nunca tiveram contato histórico com o Brasil, outros estão relacionados à escravidão e à diáspora africana no Brasil. Todos fazem parte de um tempo que já passou e nos ajudam a conhecer o passado e a dar às pessoas e povos aos quais pertenceram um lugar na História.

Trata-se de uma seleção de objetos trazidos de diferentes partes do continente africano entre 1810 e 1940, acrescida de objetos que pertenceram ou foram produzidos por africanos ou seus descendentes diretos no Brasil, entre 1880 e 1950.

PASSADO E PRESENTE
Os africanos estão hoje integrados ao mundo moderno, mas ainda preservam hábitos, crenças, técnicas de produção e rituais muito antigos. Os objetos expostos pelo Museu Nacional/UFRJ falam do passado e de como esse passado marca profundamente a história dos países africanos atuais.

A África é e sempre foi um continente multiétnico, multirreligioso e poliglota. Os movimentos migratórios, a ocupação colonial e, posteriormente, os movimentos de independência levaram a uma divisão do território africano que não correspondia a essas fronteiras múltiplas e diferentes. Com isso, surgiram conflitos que se perpetuaram em guerras e outras formas de violência.

Em meio a tantos povos e línguas e em um continente tão vasto, os africanos combinam suas diferenças com práticas e costumes hoje generalizados por todo o continente. Os instrumentos musicais e os ritmos são, talvez, os mais fortes exemplos da circulação de bens culturais dos povos africanos.

AFRICANOS NO BRASIL
A presença de africanos e de seus descendentes no Brasil está marcada pela violência da escravidão e do pós-abolição. Na virada do século XIX para o XX os velhos africanos e seus descendentes nascidos no Brasil tiveram na religião um forte elemento aglutinador.

No Rio de Janeiro esses núcleos eram conhecidos como zungus, casas de dar fortuna ou candomblés, onde se cultuavam inkices (bantu), orixás (yorubá) e voduns (jêje-mahi). As casas eram invadidas e tinham seus objetos rituais confiscados e levados às delegacias como provas materiais da prática de rituais alegadamente proibidos. Os frequentadores dessas casas eram perseguidos pela polícia e presos.

Sabendo da existência desses objetos no depósito da Polícia, o então diretor do Museu Nacional, Ladislau Neto, interessou-se por eles e passou a pedir que os enviassem para estudo. Desde então o Museu Nacional preserva uma variada coleção de objetos que guardam as antigas técnicas de metalurgia e o conhecimento da arte da escultura em madeira, exemplos materiais das práticas religiosas dessa última geração de africanos e de seus descendentes diretos.

A COLEÇÃO HELOISA ALBERTO TORRES
Entre 1940 e 1950 Heloisa Alberto Torres (1895-1977), então diretora do Museu Nacional, fez pelos menos duas viagens à Bahia, de onde trouxe uma importante coleção de objetos adquiridos nas principais casas de candomblé do recôncavo baiano.

Dentre os objetos de maior destaque da coleção estão os alaka, tecidos africanos feitos em tear e trazidos da costa ocidental para o Brasil, sob encomenda, e aqui conhecidos como panos da Costa. Outro destaque é a coleção de orixás esculpidos em madeira, obra do artista popular Afonso de Santa Isabel.

KUMBUKUMBU
Kumbukumbu é uma palavra da língua swahili usada para objetos, pessoas ou acontecimentos que nos fazem pensar sobre o passado. Kumbukumbu nos alerta sobre a dimensão do passado que abre um caminho para o futuro por isso é usada nos museus para destacar a ideia de memória e o patrimônio.

O swahili é uma língua amplamente falada na África oriental e sul que resulta de uma mistura do árabe, línguas estrangeiras e nativas. Por sua flexibilidade tornou-se a principal língua de interação dos povos no interior do continente africano.

SERVIÇO
Exposição Kumbukumbu – África, Memória e Patrimônio (exposição permanente)
Museu Nacional/UFRJ
Inauguração – 14 de maio de 2014
Quinta da Boa Vista – Bairro Imperial de São Cristóvão – Rio de Janeiro
Aberto de terça a domingo das 10 às 17 horas, e segundas das 12 às 17 horas
Ingressos: R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia)
Gratuidade: crianças até 5 anos e portadores de necessidades especiais
Telefone: 21 3938-6900
www.museunacional.ufrj.br

Dia das Mães 2014

dia das maes externoHomenagem da Prefeitura Univesitária a todas as mães.

 

 

 

 

 

 

 

A Prefeitura Universitária deseja um dia repleto de felicidade para todas as mães do país.

 

City Rio altera o ponto da nova linha SP 485

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Ateração no ponto de parada da nova linha SP 485, que sai da Praça Onze para a Penha.

 

 

 

 

 

City Rio altera o ponto da nova linha SP 485

A City Rio, empresa do consórcio Internorte que opera a linha 485, informou que a parada da nova linha SP 485, que sai da Praça Onze em direção ao bairro da Penha, foi alterada para a Rua Carmo Neto, localizada próximo à estação do Metrô.

Conforme previsto na autorização da Secretaria Municipal de Transportes da Cidade do Rio de Janeiro (SMTR) para reforçar a frota da linha 485, esse serviço é parcial e atende os usuários sempre pela manhã nos seguintes horários: 7h, 7h20, 7h40 e 8 horas.

Dia especial para o trabalhador

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O Dia do Trabalhador é comemorado em 1º de maio em diversos países.

 

 

 

 

 

 

 

 

O Dia do Trabalhador é comemorado em 1º de maio em diversos países para celebrar as conquistas obtidas pelos trabalhadores ao longo da história. A data foi escolhida para homenagear a grande manifestação que ocorreu em Chicago (EUA), em 1886, quando milhares de trabalhadores foram às ruas lutar por melhores condições e pela redução da jornada de trabalho de 13h para 8h diárias. O movimento dos trabalhadores de Chicago teve uma repercussão tão grande que acabou deflagrando uma greve geral nos Estados Unidos.

Em 1889, o Congresso Internacional Socialista realizado em Paris instituiu o dia 1º de maio como a data para a realização de manifestações operárias em todo o mundo para reivindicar a redução da jornada de trabalho. A partir daí, trabalhadores da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Itália, Rússia, entre outros países, adotaram a data para a luta por melhores condições de trabalho.

No Brasil, em 1924, o presidente Artur Bernardes oficializou o 1º de maio como o Dia do Trabalho e a data era marcada por protestos e greves. A partir do governo de Getúlio Vargas, o Dia do Trabalhador foi escolhido para anunciar a instituição do salário mínimo, a legislação trabalhista entre os benefícios importantes para os trabalhadores.

Nova linha de ônibus entre a Praça Onze e a Cidade Universitária

Nova linha de ônibus entre a Praça Onze e a Cidade Universitária

 

Sidney Coutinho

A Secretaria Municipal de Transportes da Cidade do Rio de Janeiro (SMTR) autorizou o consórcio Internorte a criar um serviço parcial de ônibus por meio da linha SP 485, para atender às solicitações dos estudantes da UFRJ. A nova linha sairá da Praça Onze, na Rua Benedito Hipólito, próximo à estação do Metrô e seguirá em direção ao bairro da Penha. O atendimento aos usuários será sempre pela manhã nos seguintes horários: 7h, 7h20, 7h40 e 8 horas.

Além da nova linha, a SMTR determinou que o consórcio reforçasse a frota da linha 485 (Penha – Praça General Osório, via Túnel Santa Bárbara). A Prefeitura da UFRJ já encaminhou uma solicitação para que o novo serviço, entre o Metrô da Praça Onze e a Cidade Universitária, também seja estendido ao período da tarde.

Feliz Páscoa!

Banner-siteA Prefeitura Universitária deseja que a alegria da Páscoa irradie felicidade e luz para iluminar e fazer brilhar o mundo em que vivemos.

 

 

 

 

 

Feliz Páscoa!

 

A Páscoa possui variações nas origens e significados pelo mundo. Na China, por exemplo, há uma festividade que ocorre na mesma época da Páscoa: o “Ching-Ming”. É um evento onde são visitados os túmulos dos ancestrais e feitas oferendas, em forma de refeições e doces, para deixá-los satisfeitos com os seus descendentes. As origens da Páscoa na Europa remontam aos antigos rituais pagãos do início da primavera (que no Hemisfério Norte inicia em março). A palavra Páscoa tem o sentido de “passagem”. No sentido religioso, os judeus, relembram a libertação do povo hebreu da escravidão no antigo Egito, enquanto os cristãos celebram a ressurreição de Jesus Cristo. Independente dos motivos que você tenha para comemorar, a Prefeitura Universitária deseja que a alegria da Páscoa irradie felicidade e luz para iluminar e fazer brilhar o mundo em que vivemos, enchendo-o de amor, paz e muita saúde. Feliz Páscoa!

Concurso da Aquafluxus homenageia Dia Mundial da Água

Concurso da Aquafluxus homenageia Dia Mundial da Água

 

A Aquafluxus, empresa da Incubadora da COPPE/UFRJ, promove o concurso cultural “Dia Mundial da Água” (22 de março) para destacar a importância do recurso natural. A empresa vai selecionar e premiar as melhores redações sobre: “Água e Energia”, “Água e Meio Ambiente”, “Água e Cidade” e “Água e História”. Os vencedores terão ainda seus nomes divulgados no blog Cidade das Águas. Os envios podem ser feitos até o dia 22 de abril para o mail: contato@aquafluxus.com.br.

O Dia Mundial da Água foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) a partir da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a RIO-92, realizada no Rio de Janeiro em 1992. A ONU e seus países-membros dedicam a data para promover recomendações e atividades relacionadas à preservação deste recurso natural. Neste ano, o tema é “Água e Energia”.

 

Para outras informações e regulamento, clique aqui.

Vice-prefeita de Barcelona no Parque Tecnológico da UFRJ

Vice-prefeita de Barcelona no Parque Tecnológico da UFRJ

 

A vice-prefeita de Barcelona, Sònia Recasens, inaugura nesta quinta-feira (10/4), o ciclo de debates promovido pelo Parque Tecnológico da UFRJ que buscará trazer mensalmente autoridades, especialistas e professores que contribuam com o conhecimento e experiência para o desenvolvimento da região.

Abrindo a série de palestras batizada de “Inova Parque”, a vice-prefeita espanhola vai apresentar o tema “Tecnologias móveis para a transformação econômica e social das cidades”, abordando Barcelona como capital mundial de tecnologias móveis. Além da vice-prefeita, Karin Breitman, diretora do Centro de P&D da EMC², que se encontra em construção no Parque Tecnológico, Josep Miguel Piqué, diretor do escritório Economic Growth, da prefeitura da capital catalã, e Josep Marquès, diretor executivo de promoção econômica da Barcelona Activa, também da prefeitura de Barcelona, participarão como debatedores.

As vagas são limitadas e, para confirmar presença, basta enviar um e-mail para o endereço: parque@parque.ufrj.br. O auditório está localizado no prédio de administração do Parque da UFRJ, entrada pela Rua Paulo Emídio Barbosa, 485, Ilha da Cidade Universitária – RJ.

Programação:
9h30 – 9h50: Recepção e inscrição
9h50 – 10h: Boas-vindas de Mauricio Guedes, diretor executivo do Parque Tecnológico da UFRJ
10h – 11h: Palestra “Barcelona: Mobile World Capital” de sra. Sònia Recasens, vice-prefeita da cidade de Barcelona, Espanha
11h – 11h15: Debate com sra. Karin Breitman, diretora do Centro de P&D da EMC²
11h15 – 11h30: Debate com Abel Camargo Portugal Telecon
11h30 – 12h: Perguntas, respostas e comentários finais

Segunda-feira mudam os prefixos 2598 e 2562

comunicados 1Apesar das mudanças, todos os ramais serão preservados e as unidades com novos números poderão fazer chamadas entre si, sem necessidade de discagem do prefixo.

 

 

 

 

Prefixos 2598 e 2562 mudam no dia 5/4
Gustavo Natario

As mudanças de prefixos telefônicos na UFRJ, processo que integra as ações de modernização do sistema de telefonia e internet da universidade, continuam no dia 05/4. A Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) informa que, desta vez, os prefixos 2598 e 2562 serão os próximos a migrarem para o 3938.

Apesar das mudanças, todos os ramais serão preservados e as unidades com novos números poderão fazer chamadas entre si, sem necessidade de discagem do prefixo. As primeiras alterações tiveram início no sábado, 22/3, quando os telefones do campus da Praia Vermelha foram alterados.

A TIC informa que, durante um mês, todos que fizerem ligações de fora da UFRJ para os números antigos ouvirão uma gravação, que indicará os novos telefones. Posteriormente, a mudança também acontecerá no campus de Macaé, onde algumas unidades passarão a operar com o prefixo 2141.

A Pró-reitoria de Gestão e Governança (PR-6) informa que a medida aumentará a quantidade de ramais da UFRJ de 7 mil para 10 mil. A ampliação do número de linhas é resultado da primeira licitação para serviços de telefonia já realizada na universidade e resultará na redução de custos, aquisição de novos equipamentos e modernização de serviços. O custo nas ligações também cairá, implicando em economia de até 30% dos atuais investimentos no serviço, da ordem de R$6,2 milhões anuais.

O novo contrato de telefonia na UFRJ, cuja vencedora foi a operadora Embratel, prevê penalidades nos caso de interrupção ou indisponibilidade na prestação dos serviços. A empresa substitui a antiga prestadora, Oi.

Internet mais rápida

O acesso à internet das unidades situadas fora da Cidade Universitária será melhorado, com a modernização das centrais telefônicas, anuncia a PR-6.

A velocidade de interconexão aumentará 2 Mbps para 10 Mbps. Assim, passarão a ter melhor navegação: a Faculdade Nacional de Direito (FND), Fórum de Ciência e Cultura (FCC), Maternidade Escola (ME), Hospital São Francisco de Assis (Hesfa), Escola de Enfermagem Anna Nery, Escola de Música, Observatório do Valongo, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs), Instituto de História (IH) e Colégio de Aplicação (CAp/UFRJ).

Ônibus de hidrogênio reforça transporte interno

fundao - onibus h2 40 20120626 1097077726Com leiaute em verde e amarelo, veículo vai circular pela UFRJ no intervalo do almoço levando estudantes ao restaurante universitário.

 

 

 

 

 

 

 

 

 Ônibus de hidrogênio reforça transporte interno

Sidney Coutinho

 

A partir de segunda-feira (7/4) o sistema de Transporte Interno da Cidade Universitária vai contar com uma novidade que será empregada durante a Copa do Mundo deste ano. É o veja o itinerário aqui). De acordo com o diretor do Sistema de Transporte Público da Prefeitura Universitária (PU), Marco Antônio de Almeida Paiva, o reforço chega num momento de aumento da demanda dos usuários. “Com o fechamento do restaurante universitário da Faculdade de Letras, muitos estudantes passaram a se deslocar até o restaurante central e nesse intervalo começavam a surgir críticas à superlotação”, disse.

Nas cores verde e amarelo, o ônibus híbrido tem o leiaute totalmente diferente dos demais ônibus do transporte interno, que são azuis. Por isso, é bom ficar atento à passagem do veículo, que tem capacidade total para 69 passageiros (29 sentados), rampa de acesso e espaço para cadeirantes. Essa é a segunda versão do ônibus elétrico híbrido a hidrogênio (H2+2) do Brasil e vem sendo desenvolvido pela COPPE desde 2005 (versão do ônibus H2). A tecnologia é totalmente nacional e foi licenciada pela Coppe para industrialização e comercialização pela empresa Tracel, parceira do desenvolvimento. Em 2012, surgiu a nova versão com custos 30% menores e redução em 40% no consumo de hidrogênio.

O ônibus elétrico híbrido a hidrogênio pode percorrer até 300 quilômetros com uma carga completa das baterias elétricas e uso do combustível hidrogênio embarcado. É preciso que o veículo seja ligado a uma tomada elétrica para que seja gerado um terço da autonomia, mas os dois terços restantes da energia são produzidos dentro do próprio ônibus por uma pilha combustível alimentada com hidrogênio e por um sistema de regeneração da energia cinética que entra em funcionamento durante a frenagem. O sistema é similar ao utilizado em vários veículos e também nos carros de Fórmula 1. Todavia, no ônibus, a frenagem regenerativa possui o objetivo de economizar “combustível”, aumentando a eficiência energética.

Extremamente silencioso, zero emissão de poluentes e baixo custo de manutenção, o veículo desenvolvido pela COPPE tem ainda um sistema integrado computadorizado de controle inteligente da distribuição de energia elétrica para os vários sistemas elétricos do veículo (motor de tração, acionamento de portas, funcionamento dos faróis etc). Para maior comodidade dos passageiros, o ônibus tem piso baixo, suspensão a ar, vem equipado com ar condicionado, tomadas de 127Vca e USB em cada assento para recarga de dispositivos pessoais e acesso gratuito à internet por conexão sem fio.

O veículo já foi amplamente testado na Cidade Universitária e na Barra da Tijuca, mas ainda não assumiu operação continuada com público pela inexistência de infraestrutura para abastecimento com hidrogênio, que ainda é realizada de forma limitada, em pequena escala, fora de ambiente comercial.

A equipe que desenvolve o projeto conta com 12 engenheiros e técnicos, coordenados pelo o professor Paulo Emilio Valadão de Miranda. Segundo ele, a meta de todos é oferecer uma alternativa mais eficiente para os ônibus a diesel do Rio de Janeiro, que são poluentes e barulhentos. De quebra, o ônibus H2+2 coloca o Brasil no grupo de países que ingressa na economia tendo o hidrogênio como alternativa energética.