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Lutando por recursos para a UFRJ

O reitor Roberto Medronho esteve em Brasília para sensibilizar parlamentares e o poder executivo sobre situação financeira da UFRJ

Entre os dias 12 e 15 de março, o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho, esteve em Brasília para sensibilizar parlamentares e integrantes do poder executivo sobre o grave problema orçamentário que enfrenta a instituição, que desde 2013 sofre com a redução de investimentos para manutenção de edificações, equipamentos, assistência estudantil, contas de energia, telefonia, água e internet, contratação de serviços de segurança e limpeza, entre outras despesas.

Logo no primeiro dia, Medronho participou do anúncio pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, do lançamento de mais 100 campi dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). No evento, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou o investimento de R$ 3,9 bilhões em obras e na consolidação das unidades já existentes, com a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos. De acordo com o reitor, Santana anunciou para breve o PAC das universidades, que prevê investimentos para a instalação de novos campi de ensino superior e para a retomada e conclusão das obras que estavam paradas.

No mesmo evento, em encontro com o presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro, foi tratada a adesão da Universidade ao contrato com a rede. Após isto, vários problemas burocráticos foram superados e o processo de contratação foi acelerado. À Tarde, o reitor ainda esteve com o Secretário Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, André Ceciliano, apresentando as dificuldades orçamentárias da UFRJ, que se dispôs a ajudar.

No dia 13, Roberto Medronho participou pela manhã da Conferência Regional de Educação Superior (CRES+5), no Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB), evento voltado para avaliar e destacar o progresso alcançado pela educação superior da América Latina e do Caribe. “Hoje, metade das vagas da graduação são destinadas aos alunos oriundos de escolas públicas, o que mudou o  perfil socioeconômico da comunidade estudantil das universidades federais”, lembrou o reitor.

Medronho esteve à tarde com o Secretário de Educação Superior do MEC, Alexandre Brasil, que anunciou a liberação de R$ 500 mil para o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG). O Reitor encontrou-se também com o secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães. Na ocasião foram tratados os desdobramentos da Portaria GM/MS Nº 3.310/2024, que aumentou o teto financeiro para a Média e Alta Complexidade (MAC) do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF). 

Apoio parlamentar

O reitor da UFRJ dedicou o terceiro dia na capital federal para conversar com parlamentares. Ele estava acompanhado da superintendente-geral de Tecnologia de Informação, Ana Maria Ribeiro. Pela manhã, ambos estiveram reunidos com o deputado federal Reimont (RJ) em busca de suplementação orçamentária para a Universidade, relatando os problemas da área de tecnologia de informação e comunicação e de garantias de uso dos recursos próprios arrecadados. Estiveram ainda com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck e com a secretária-executiva da pasta, Cristina Kiomi Mori. Neste encontro, tratou do aumento dos cargos de direção (CD) e das funções gratificadas (FG) para a UFRJ poder suprir o crescimento da Universidade.

Em busca de parcerias e divulgação das ações da UFRJ pela EBC, Medronho se encontrou com o Chefe de Gabinete da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR) interino, Lucas Monteiro. “Acertamos nesse encontro uma nova ponte, uma relação direta com o diretor da EBC, Jean Lima, para criação de um  canal de divulgação junto à Superintendência-Geral de Comunicação Social da UFRJ”, afirmou o reitor, que terminou o dia em uma audiência com o Advogado Geral da União, Jorge Messias, em que pediu apoio para um arcabouço jurídico que permita às universidades disporem de seus recursos próprios sem restrições. 

O último dia do “périplo” do reitor em Brasília, foi dedicado a um encontro com o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Peixoto, para tratar dos imóveis tombados e sob responsabilidade da Universidade, como o prédio do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e do Instituto de História (Ifcs-IH) e o Palacete Imperial, ambos localizados no Centro do Rio de Janeiro, e de audiência com Chefe da Assessoria Especial da Secretaria de Relações Especiais da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Vitor Marchetti, reforçando a agenda solicitada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), de uma reunião entre os reitores com o presidente da República.