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Desabamento em telhado suspende aulas da Educação Física

Parte da estrutura de um beiral se rompeu no noite do feriado, não há feridos

Na quarta-feira, feriado de 1º de maio, por volta das 22h, mais um sinistro ocorreu na Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEFD/UFRJ). Parte de um beiral da escola cedeu e rompeu com as paredes de um corredor de acesso para o ginásio e salas de aula. O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, esteve no local com o prefeito universitário, Marcos Maldonado, e o diretor do Escritório Técnico Universitário (ETU), Roberto Machado, para avaliar as condições do local e informou que as aulas estão suspensas para a segurança dos estudantes.

Segundo Medronho, a solução para os problemas de infraestrutura dos prédios da Universidade só virá quando o governo federal realizar a recomposição orçamentária. O reitor destacou que a situação financeira da Universidade é complexa. A instituição começou o ano com um déficit de R$ 152 milhões, essenciais para honrar os contratos que garantem o funcionamento adequado de todas as atividades. Em 12 anos, o orçamento foi reduzido pela metade, mas o número de alunos cresceu 50%. “Nós estamos numa crise orçamentária sem precedentes, mas esta Reitoria não vai medir esforços para recuperar a UFRJ”, informou.

Em setembro do ano passado, também na véspera do feriado, por volta das 15h30, ocorreu um desabamento da marquise de uma área do curso de Dança, da EEFD, onde estavam localizadas quatro salas de aula. A UFRJ aguarda uma vistoria da Defesa Civil para todo o prédio da Unidade, mas as aulas estão suspensas por tempo indeterminado. O desabamento ocorreu no corredor da entrada, em frente a Coordenação de Extensão. 

As aulas que estão acontecendo fora do prédio da EEFD e são de outras unidades (anatomia, aquelas da Praia Vermelha etc.) estão mantidas. Somente as que retornaram no dia 24/04 estão canceladas.

De acordo com dados que ainda estão sendo levantados no sistema de gestão técnica do patrimônio imobiliário, o Reab (ETU/UFRJ), é preciso em torno de 567 milhões para as edificações com graves anomalias para a recuperação dos prédios da Universidade. “A maior parte (dos problemas) não se consegue resolver porque não tem dinheiro suficiente”, destaca o diretor do ETU.

Roberto Medronho destacou que é necessário urgentemente de verbas para recuperar várias edificações da UFRJ. O ETU/UFRJ fez um levantamento de, até o momento, 52% de nossas edificações. O custo para a recuperação estimado em 2023 era de 796 milhões.  “Não podemos esperar mais!”, enfatizou.