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PDI: o olhar vanguardista de Minerva

Já disponível para consulta, o Plano de Desenvolvimento Institucional 2025-2029 apresenta o planejamento estratégico norteador dos rumos futuros da UFRJ

A centenária Minerva também tem seu olhar de vanguarda. Trata-se do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2025-2029, instrumento de planejamento estratégico e gestão, elaborado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Um dos motivos para estar a par do documento, já disponível para consulta pública, é que ele serve como referência para viabilizar os processos de avaliação, credenciamento e  recredenciamento das instituições de educação superior no sistema federal de ensino.

Além disso, o documento também funciona como um norteador para que a Universidade alcance as metas e os objetivos planejados para o referido quinquênio nas áreas de ensino, pesquisa, extensão, administração e desenvolvimento institucional. O plano inclui diferentes elementos fundamentais para a compreensão das diretrizes da UFRJ, além das características centrais,  que permitem conhecer a instituição em sua complexidade.

Futuro institucional em 11 pontos

Conforme destaca a superintendente-geral de Planejamento Institucional (SGPI), Maria de Fátima Bruno de Faria, dada sua relevância para os rumos da UFRJ, o PDI 2025-2029 deve ser objeto de atenção de toda a comunidade universitária. Composto por 11 capítulos, o documento  traz, por exemplo, informações como perfil institucional; estrutura da Universidade e suas respectivas instâncias de decisão; Projeto Pedagógico Institucional; Ensino a Distância (EaD); perfis dos servidores que atuam na UFRJ; cronograma de implementação de novos cursos e de atividades de extensão; principais políticas da gestão da UFRJ (Políticas Estudantis, de Ações Afirmativas, de Diversidade e de Acessibilidade); Políticas de Planejamento, de Gestão e Governança (gestão de pessoas, financeira, de riscos); infraestrutura física e instalações acadêmicas; autoavaliação institucional (forma como a Comissão Própria de Avaliação da UFRJ atua); Plano Estratégico Institucional (PEI) e  mapa estratégico, painel de metas, entre outros.  

A Superintendência-Geral de Planejamento Institucional (SGPI), vinculada à Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3) da UFRJ,  é responsável por coordenar as unidades da Administração Central na criação do texto do PDI e na definição dos objetivos estratégicos e projetos, que são a forma de viabilizar o alcance desses propósitos: 

“A SGPI define diretrizes, com base na legislação, traça metodologias para construção, revisão, monitoramento e avaliação do PDI. Além disso, organiza mecanismos de participação social que possam contar com toda a comunidade acadêmica e traça estratégias diversas para que todos esses processos sejam participativos, contemplem inovações e sejam disseminados pela Universidade”, explica Maria de Fátima. 

PDI tem história

O Plano de Desenvolvimento Institucional 2025-2029, assim como o Plano Estratégico Institucional (PEI), foram aprovados pelo Conselho Universitário da UFRJ (Consuni) em  22/5. Mas a construção do planejamento do PDI atual começou ainda na vigência do anterior, em novembro de 2024. Na ocasião, a SGPI, em diálogo com a Comissão de Elaboração do PDI, identificou a necessidade de reformular o documento para o próximo ciclo. A mudança foi motivada pela necessidade de um documento mais acessível para debate da comunidade acadêmica, com redução do número de páginas e capacidade de atingir todos os públicos. 

No entanto, até chegar a esse ponto é preciso frisar que a implementação do PDI  UFRJ teve uma história. De acordo com o diretor de Planejamento Institucional, Fernando Guimarães Pimentel, apesar das tentativas anteriores de se deferir o referido instrumento na Universidade, foi apenas em 2019, a partir da criação da SGPI, que se aprovou no Consuni, em 2020, o primeiro PDI:

“Foi uma decisão estratégica, a fim de possibilitar a elaboração do PDI e demais ações relacionadas às estratégias institucionais, haja vista a extrema relevância para a  disseminação da cultura de planejamento na UFRJ e para o credenciamento de cursos e recredenciamento institucional. Isso significa que as informações postadas no e-MEC por nossa procuradora educacional institucional devem estar contidas no PDI e são dados essenciais para cumprir adequadamente os trâmites exigidos pelo Ministério da Educação. Para fazermos esse alinhamento, trabalhamos em articulação com a procuradora ”, afirma.  

Maria de Fátima Bruno de Faria(de blusa preta) e Fernando Pimentel (de verde), junto com a equipe da SGPI |  Foto: SGPI/UFRJ

Juntos pela cultura de planejamento 

A totalidade dos trabalhos, que permite a confecção do Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRJ, é fruto de uma ação conjunta. Foi assim quando o documento precisou ser reformulado para assumir a atual feição. Oito grupos foram formados para discutir os seguintes temas: estrutura do novo PDI; consulta pública; Plano Plurianual (PPA) e indicadores dos objetivos estratégicos; metodologia do Plano de Desenvolvimento das Unidades (PDU); definição das etapas e regras para a escrita e formatação dos materiais que integram o PDI; Projeto Pedagógico Institucional (PPI); PDI e sustentabilidade e estratégias de comunicação do PDI.

Grupos temáticos, oficinas, consulta e audiências públicas para compor o novo PDI | Foto: SGPI/UFRJ

Houve, ainda, duas etapas do processo da participação social na construção do Plano  2025-2029. Na primeira, foram realizadas audiências públicas nos quatro grandes campi da UFRJ: Cidade Universitária, Praia Vermelha, CM UFRJ-Macaé e Duque de Caxias. “O que queremos para a UFRJ em um futuro próximo? Quais ações a Universidade poderia desenvolver para isso?” Essas questões foram respondidas por estudantes, técnicos-administrativos em educação (TAEs) e professores em um formulário on-line. A segunda etapa consistiu em uma consulta pública à comunidade acadêmica, na qual foram apresentados os pontos fortes e fracos elencados pela Administração Central durante a análise ambiental.

Conforme reforça Pimentel, a natureza coletiva da confecção do PDI está igualmente presente nas seguintes circunstâncias: planejamento e comprometimento interno da equipe da SGPI;  elaboração de textos pelos representantes de todos os setores da Administração Central, solicitados pela referida Superintendência; discussão das estratégias para o período de vigência do Plano. Além disso, as propostas são apresentadas à Comissão de Elaboração do PDI para sugestões e submetidas para discussão com o pró-reitor e à aprovação da Reitoria para que possam ser implementadas:

“Durante as variadas etapas de um trabalho tão grande como esse, o que mais chamou a atenção foi o entusiasmo das pessoas em desejar participar de algum modo do PDI 2025-2029, o reconhecimento do trabalho por parte de todos que assistem a nossas apresentações e a legitimidade dos documentos junto aos órgãos de controle. Outro destaque é ver o Plano deixando de ser um documento e passando a ser algo vivo em que o pensar estrategicamente ganha corpo a cada dia”, avalia Pimentel. 

Ações integradas na prática

Como ocorre na prática a contribuição dos vários setores da Administração Central no texto do PDI?  Contribuímos para o PDI com dados, propostas e metas referentes à parte que se refere à PR-1. Considero o Plano de Desenvolvimento Institucional um instrumento de planejamento estratégico fundamental para a gestão da Universidade, em que cada instância tem compromissos, metas e diretrizes  que devem ser alcançadas dentro do período de vigência”, afirma a pró-reitora de Graduação da UFRJ. Maria Fernanda  Quintela também enfatiza e exemplifica a experiência da  PR-1 com as realizações conjuntas: 

“Muitas diretrizes e ações são integradas entre as instâncias organizacionais na Universidade e são fundamentais para o sucesso de algumas metas da Política Institucional.  Metas que são  atingidas com diversas ações  e realizadas em parceria, como, por exemplo, a questão da  política de inclusão. O acesso, o número de vagas nos cursos, os editais e a consolidação desse processo são de responsabilidade da PR-1, já os critérios de inclusão são de responsabilidade da Superintendência-Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (Sgaada)”.

Construção coletiva reforçada na confecção do PDI UFRJ – 2025-2029 | Foto: SGPI/UFRJ

Uma referência em PDI

Atualmente, a equipe da SGPI está implementando os projetos estratégicos, que são o conjunto de ações responsáveis para o cumprimento dos objetivos estratégicos. Os próximos passos serão as etapas de monitoramento, com a emissão de relatórios, objetos de análise pelo Comitê Interno de Governança (Cigov-UFRJ), assim como a avaliação de todas as ações. Em relação à avaliação, a superintendente-geral de Planejamento Institucional ponderou sobre o processo que resultou no documento final do PDI UFRJ 2025-2029: 

“A UFRJ passa a ser uma referência em termos de PDI com as novas ações que têm realizado. Dessa forma, destaco a importância do PDI como estratégia para disseminação de temas transversais de extrema relevância social e agradeço a todos os envolvidos na construção do futuro da UFRJ: o reitor e a vice-reitora, a Administração Central, a Comissão de Elaboração do PDI, os integrantes dos Grupos Temáticos, os servidores da SGPI e os estudantes, técnicos e professores, que contribuíram com críticas e sugestões nas audiências e consultas públicas”, atestou  Maria de Fátima de Faria. 

Os textos completos do PDI UFRJ 2025-2029 e do PEI UFRJ 2025-2029 podem ser acessados no site pdi.ufrj.br

Veja matéria oficial aqui.