A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi considerada a segunda melhor instituição de ensino superior do Brasil de acordo com um levantamento realizado pelo Center for World University Rankings (CWUR). Foram avaliadas 21.462 instituições em 94 países.
O CWUR publica o ranking desde 2012, tendo como critérios a qualidade da educação (25%), empregabilidade (25%), qualidade do corpo docente (10%) e produção científica (40%). Na edição 2025, foram analisados 74 milhões de pontos de dados baseados em resultados.
A UFRJ subiu 70 posições no ranking em comparação com o último levantamento, passando do 401º lugar para o 331º. A Universidade de São Paulo (USP) ficou com a primeira colocação, 118º lugar, considerada também a melhor instituição da América Latina, à frente da Universidade Nacional Autônoma do México (282ª), da UFRJ (331ª) e da Unicamp (369ª). São 53 universidades brasileiras listadas entre as 2.000 melhores instituições de todo o mundo.
Em um dos critérios de avaliação, o de qualidade da educação, a UFRJ aparece como a melhor do Brasil e em 504º lugar no ranking mundial. O indicador mede o número de ex-alunos que receberam distinções acadêmicas, em relação ao tamanho da universidade.
Para o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, os resultados poderiam ser ainda melhores se a Universidade tivesse o orçamento adequado, pois o atual é insuficiente para financiar projetos de pesquisa e auxílios a estudantes e pesquisadores.
”Certamente teríamos muito mais possibilidade de estar ainda mais à frente neste ranking. A carência de recursos faz com que a gente tenha uma dedicação redobrada para devolver para a sociedade o melhor que a gente pode. Aqui se ensina porque se pesquisa, esse é o lema da UFRJ. E é assim que o conhecimento avança e soluciona os problemas que surgem”, afirmou Medronho.
A situação orçamentária, segundo o reitor, também deve ser levada em conta ao se comparar a UFRJ com outras instituições. O estado de São Paulo, por exemplo, destina recursos do ICMS para as universidades. No nosso caso, grande parte do orçamento da UFRJ não chega diretamente para a universidade.
“Nosso orçamento é federal, engessado. Grande parte do orçamento é para pagar o corpo de servidores, de pensionistas e aposentados. A gente não tem governabilidade nisso. Só recebemos mesmo o orçamento do nosso custeio, ainda assim, aquém do que necessitamos. Como temos um corpo docente, discente e técnico de excelência, conseguimos financiamento de fora”, explicou o reitor.
No contexto global, a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, aparece na liderança do ranking, seguida por outras duas instituições norte-americanas, MIT e Stanford, e pela britânicas Cambridge e Oxford.
Veja notícia no site da UFRJ.