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Praia Vermelha recebe cuidados especiais

Por Sintufrj – 25/09/24

Os recursos escassos para garantir tranquilidade aos gestores e o bem-estar diário aos integrantes da comunidade universitária da UFRJ é uma perspectiva ainda distante de ser alcançada. Na matéria publicada na página 5 da edição 1441 do Jornal do Sintufrj, o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças, Helios Malebranche, detalha a triste realidade em que foi mergulhada a mais importante instituição federal de ensino superior do país.

De acordo com cálculos da pró-reitoria responsável em administrar as finanças da UFRJ, o total necessário para despesas anuais da universidade soma mais de R$ 551 milhões. Mas, a equipe de Helios Malebranche está tendo que se virar esse ano com apenas R$ 308 milhões, isso devido algumas suplementações, porque o Conselho Universitário aprovou um orçamento de R$ 293 milhões para 2024, com base no Projeto de Lei Orçamentária Anual.

Esforço reconhecido

Por falta de recursos ano a ano, o déficit financeiro da UFRJ cresce e os campi revelam essa dureza com suas paisagens de prédios inacabados, jardins sem flores, pinturas gastas. Mas, o pior mesmo ocorre dentro das unidades, cujas instalações elétricas e hidráulicas gritam por reparos. A falta de manutenção não é uma opção; e, sim, imposição da falta de dinheiro.

A foto que ilustra a reportagem citada no início desta matéria mostra o capim verde alto cobrindo uma parte do campus da Praia Vermelha. Olhando de longe é até bonito. O prefeito da UFRJ Marcos Maldonado, ficou chocado. E com razão. “Há três meses a Praia Vermelha se tornou nossa prioridade. Não há mais espaços como o mostrado no nosso jornal”, explicou.

Por WhatsApp ele enviou para a redação do Jornal do Sintufrj várias fotografias que mostram um outro cenário acadêmico na Praia Vermelha. Com certeza a comunidade universitária agradece o empenho do prefeito.

A Coordenação de Infraestrutura Urbana (CIEU) da Prefeitura da UFRJ é responsável pelo desenvolvimento e fiscalização dos serviços de infraestrutura urbana voltados à manutenção e a conservação dos logradouros públicos do Campus Cidade Universitária (mobiliário urbano, sinalização urbana, pavimentação, drenagem, abastecimento de água urbano, esgoto sanitário urbano), bem como pela operação e manutenção das subestações de energia e da iluminação Pública.

Neste sentido, os serviços da PU – e especificamente da CIEU – possuem atribuições de competência essencialmente limitadas às intervenções urbanas, que acontecem nas vias públicas do campus. Constantemente, porém, ocorrem requisições para serviços de manutenção predial nas unidades Cidade Universitária, dadas as limitações dos quadros de servidores ou terceirizados nestes locais. Tais solicitações fogem da área de atuação da Coordenação e, muitas vezes, possuem também limitações contratuais, administrativas e jurídicas.

Por possuir um escopo tão grande de atuação e pelo papel essencial desempenhado para o cotidiano da vida acadêmica, a CIEU tem sido fortemente impactada pelas sucessivas restrições orçamentárias na UFRJ. Existem reclamações do corpo social quanto às condições de pavimentação das vias da Cidade Universitária, à falta de abrigo para pontos de ônibus, às calçadas danificadas, à falta de acessibilidade, dentre outras.

Muitas são as dificuldades financeiras encontradas para a execução dos serviços de infraestrutura urbana nos campi universitários da UFRJ. Desde maio de 2019, não há contrato para a prestação de serviços de Manutenção Civil Urbana. Com extinção de muitos cargos no setor público, equipe reduzida e com idade já avançada, não é possível realizar toda a manutenção necessária – o que torna imprescindível a celebração de contratos nesta área.

O contingenciamento atingiu igualmente os contratos de limpeza urbana, inviabilizando a limpeza de vias e deixando estes locais mais suscetíveis a entrada de resíduos no interior das redes, afetando, por sua vez, a manutenção das redes urbanas de água potável, águas pluviais e esgoto da Cidade Universitária. Ademais, as redes de infraestrutura de drenagem são muito antigas. O tempo de vida das redes pluviais – que datam da construção da Cidade Universitária – sobrecarregam as redes/trechos de redes que se encontram assoreados, impactando no trânsito e na cobertura da manta asfáltica (que acaba tendo seu tempo de vida reduzido).

Na parte de elétrica urbana, o contingenciamento do contrato também é uma realidade. Outras limitações materiais, administrativas e jurídicas geram dificuldades para a execução de serviços por parte da CIEU que, apesar de tudo, vem se mantendo engajada, coesa e, principalmente, resiliente frente às adversidades enfrentadas pela maior universidade federal do país.

Enquanto luta para reestabelecer os contratos de prestação de serviços e para adquirir os materiais necessários ao desempenho de suas funções, a Coordenação de Infraestrutura Urbana vem fazendo parcerias acadêmicas e institucionais como forma de mitigar os problemas diários. Estão em curso ações conjuntas da PU/NUMATS/FUNDO VERDE para a fabricação de pequenas estruturas em concreto para a manutenção urbana do campus e da PU/DRHIMA/FUNDO VERDE para elaboração de drenagem sustentável para a Praça Samira Mesquita. A Secretaria de Conservação da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, por sua vez, apoia a realização de operações tapa-buracos nas vias da Cidade Universitária, através do fornecimento e colocação CBUQ (asfalto) em pontos críticos.

Dentro de suas limitações orçamentárias, a PU vem trabalhando com empenho para resolver as questões urbanas na Cidade Universitária. Solicitamos que a comunidade acadêmica faça a sua parte, evitando jogar lixo nas ruas, zelando pelo patrimônio público e entrando em contato conosco 24h através do número de Whatsapp (21) 99871-1621 ou abrindo um chamado em nosso site para enviar informações, solicitações, reclamações, dúvidas e sugestões quanto aos serviços da infraestrutura urbana e os demais prestados pela Prefeitura, nas áreas de meio ambiente, , transporte, trânsito, focos de Aedes aegypti, abandono de animais e segurança.

O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Medronho, confirmou nesta terça-feira, 24/09, em reunião com representantes do movimento estudantil, o café da manhã como nova refeição nos restaurantes universitários em 2025. A ação foi um compromisso assumido pela gestão desde o processo eleitoral, e a viabilidade vinha sendo avaliada pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis.

“Estudantes vêm de muito longe para aulas que começam muito cedo nos nossos campi, é inadmissível que alunos assistam aula em jejum. Esta é uma conquista da nossa universidade”, pontuou o Reitor. Medronho ainda reiterou o compromisso com a construção do restaurante universitário de Macaé, uma contrapartida do contrato do prédio Ventura.

O valor da refeição está previsto em R$ 2, e inclui café com leite, pão com acompanhamento e fruta. O café será servido em copo de papel, material mais caro, mas com sustentabilidade ambiental, é haverá opções veganas e vegetarianas.

O pró-reitor de Assuntos Estudantis, Eduardo Mach Queiroz, explicou que não houve liberação da Procuradoria Jurídica da UFRJ para um aditivo ao atual contrato dos restaurantes universitários. Por este motivo o café da manhã será objeto de uma nova iicitação, com implantação a partir do ano que vem.

Participaram da reunião representantes do Diretório Central de Estudantes (DCE) Mário Prata, do movimento UFRJ é Nossa, dos centros acadêmicos da Escola de Belas Artes (EBA), da Escola de Comunicação (ECO), da Saúde Coletiva, dos cursos de Biologia, Direito, Engenharia, Geografia, História, Letras, Matemática, Psicologia e Química.