O Sistema Guandu passará por uma intervenção emergencial nesta terça-feira. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) informou que, durante a operação, prevista para o período das 7h às 16h de amanhã, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu irá funcionar com 61% da capacidade, afetando o abastecimento de água em diversos municípios da Região Metropolitana, incluindo a Ilha do Governador.
Desta forma, a Prefeitura Universitária solicita que as unidades acadêmicas planejem e racionalizem o consumo de água até a regularização do abastecimento, que pode levar até 48h após a conclusão dos serviços.
Confira abaixo a reprodução do comunicado publicado no site da concessionária Águas do Rio:
A Cedae publicou na tarde deste sábado (08/02) a informação de que fará uma manutenção emergencial programada em uma das adutoras do Sistema Guandu na próxima terça-feira (11/2), das 7h às 16h.
Em função do serviço, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu vai operar com 61% da capacidade afetando o abastecimento de água tratada de diversos municípios da Região Metropolitana.
Regiões afetadas Baixada: Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti na Baixada Fluminense.
Regiões afetadas Rio: Rio de Janeiro (centro), Engenho da Rainha, Del Castilho, Higienópolis, Bonsucesso, Ilha do Governador, Rocha, Benfica, Riachuelo, Sampaio, São Francisco Xavier, Triagem, Manguinhos, Penha, Vila Kosmos, Penha Circular.
Assim que a produção de água no local chegar a 100% da capacidade, terá início o processo de normalização do abastecimento nas regiões afetadas, etapa que ocorre de forma gradativa, podendo levar 48 horas no caso desta paralisação programada ou prazo superior, principalmente nas pontas das redes de distribuição e em áreas elevadas.
A Águas do Rio orienta os clientes a reservarem a água de cisternas e caixas d’água para atividades essenciais, adiando tarefas que demandem alto consumo, até a regularização do abastecimento, e ressalta que segue à disposição através do 0800 195 0 195, que funciona para ligações gratuitas e mensagens via WhatsApp.
A avaliação dos cursos de graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) superou as expectativas. Dos 175 cursos da instituição, 160 obtiveram notas 4 e 5 (conceito máximo). Os dados foram obtidos pela Procuradoria Educacional Institucional vinculada à Pró-Reitoria de Graduação (PR-1) da UFRJ, durante o último monitoramento das metas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
Em 2020, eram 122 cursos com conceito 4 ou 5. A meta era atingir 132 no monitoramento seguinte. Contudo, o resultado alcançado foi além, com 91,4% dos cursos atingindo os maiores conceitos de avaliação. Eles foram obtidos por meio de uma listagem elaborada pelo Ministério da Educação (MEC) em processo de reconhecimento ou renovação de reconhecimento dos cursos.
A renovação de reconhecimento é uma exigência do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), a qual visa garantir a continuidade da oferta dos cursos e promover a qualidade do ensino superior no país.
A obtenção dos conceitos leva em consideração dois tipos de avaliação. Uma delas é o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Além de observar a performance dos estudantes, o MEC também analisa um questionário de avaliação dos próprios estudantes acerca da instituição e da qualificação do corpo docente. Esse processo gera o chamado conceito preliminar de curso (CPC), utilizado para a renovação automática do reconhecimento dos cursos, caso o conceito seja 3 ou mais.
Outro tipo de avaliação envolve um processo que é aberto pelo MEC, buscando analisar projeto pedagógico, dimensões didático-pedagógicas, corpo docente e infraestrutura. Posteriormente, são efetuadas visitas por comissões de especialistas para avaliação externa dos cursos, que leva à conceituação.
A Procuradoria Institucional de Educação da UFRJ realiza uma série de capacitações com os coordenadores dos cursos, tanto para preparação para o Enade, quanto para as visitas, além de acompanhar os estudantes em todas as etapas. “Conseguimos internalizar na Universidade a importância de os coordenadores serem capacitados, preencherem corretamente todos os processos e se prepararem para a visita”, explica a procuradora educacional institucional da UFRJ, Maria Antonieta Gimenes.
De acordo com Gimenes, há uma preocupação constante com o desenvolvimento, realizando-se diversas reuniões, com treinamentos e oficinas. “Conversamos com os coordenadores sobre a importância do Enade para a Universidade, para o conceito do curso e também para o próprio orçamento da Universidade, que depende dos conceitos que os cursos recebem”, destaca.
A vice-reitora da UFRJ, Cássia Turci, ressalta que o resultado da avaliação dos cursos de graduação é fruto de um trabalho conjunto, desenvolvido principalmente pela Pró-Reitoria de Graduação com os coordenadores de cursos, com a Comissão Própria de Avaliação (CPA) e com a Procuradoria Educacional Institucional. “Precisamos celebrar esse resultado porque, apesar de todas as condições que temos, principalmente com infraestrutura física precária e orçamento insuficiente, continuamos a manter a qualidade dos nossos cursos de graduação e dos programas de pós-graduação.”
A avaliação também é vista pela gestão da UFRJ como uma ferramenta capaz de atrair cada vez mais estudantes, além de demonstrar a importância do trabalho realizado pela comunidade acadêmica para o desenvolvimento da Universidade. “Toda a sociedade deve ter conhecimento do quanto os nossos servidores, tanto os técnicos-administrativos em educação quanto os docentes, e nossos estudantes são dedicados e trabalham para que a UFRJ tenha cada vez mais cursos com as notas mais elevadas em termos de qualidade. É um resultado expressivo, é um resultado que merecemos, apesar de todas as dificuldades que passamos”, destaca Turci.
Manutenção na subestação da Faculdade Nacional de Direito - 30/01/2025 - Subprefeitura da Praia Vermelha e Unidades Externas.
Roçada no Observatório do Valongo – 27/01/2025 – Subprefeitura da Praia Vermelha e Unidades Externas.
Roçada no Observatório do Valongo – 27/01/2025 – Subprefeitura da Praia Vermelha e Unidades Externas.
Manutenção na subestação da Faculdade Nacional de Direito (FND) – 30/01/2025 – Subprefeitura da Praia Vermelha e Unidades Externas.
Manutenção na subestação da FND – 30/01/2025 – Subprefeitura da Praia Vermelha e Unidades Externas.
Manutenção de áreas verdes na Rua Maria Paulina de Souza – 28/01/2025 – Coordenação de Operações Urbano-Ambientais (COUA)/Prefeitura Universitária (PU).
Manutenção de áreas verdes no Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC) – 27/01/2025 – COUA/PU
Recolhimento de resíduos vegetais na Rua Bruno Lobo- 30/01/2025 – COUA/PU.
Recolhimento de resíduos vegetais na Rua Bruno Lobo- 30/01/2025 – COUA/PU.
Manutenção de áreas verdes no Centro de Ciências da Saúde (CCS) Bloco A fundos – 31/01/2025 – COUA/PU.
Reconstrução de calçada no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) – 30/01/2025 – Divisão de Manutenção Civil Urbana (DIMA)/Coordenação de Infraestrutura Urbana (CIEU)/PU.
Término da pintura das travessias elevadas – Entrada 2 na Avenida Horácio Macedo – 28/01/2025 – DIMA/CIEU/PU.
Término da pintura das travessias elevadas – Entrada 2 na Avenida Horácio Macedo – 28/01/2025 – DIMA/CIEU/PU.
Reconstrução de calçada no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN) – 30/01/2025 – Divisão de Manutenção Civil Urbana (DIMA)/Coordenação de Infraestrutura Urbana (CIEU)/PU.
ATUALIZAÇÃO em 30/01/25: a interdição que ocorreria hoje, dia 30/01, foi adiada devido à instabilidade climática e à possibilidade de chuvas. O serviço está mantido para a próxima terça-feira, 04/02.
A Prefeitura Universitária, através da Divisão de Manutenção Civil Urbana (Dima) da Coordenação de Infraestrutura Urbana (CIEU), comunica a interdição parcial ao tráfego de trecho na pista de rolamento (uma faixa) da avenida Horácio Macedo, na altura do Centro de Tecnologia/Faculdade de Letras, nos dias 30 de janeiro e 04 de fevereiro de 2025, no período compreendido entre 09h e 12h.
A interdição será necessária para a realização da recuperação da sinalização horizontal da travessia elevada (faixa de pedestres), a fim de aprimorar as condições de segurança para o tráfego de pedestres e motoristas no campus.
Solicitamos que os usuários tentem evitar a região, buscando rotas alternativas, nos dias e horários mencionados.
Trecho da avenida Horácio Macedo será interditado parcialmente. Foto: reprodução Google Maps
Roçada no Campus Praia Vermelha - Dias 20, 21, 22/01/2025 - Subprefeitura da Praia Vermelha e Unidades Externas
Roçada no Campus da Praia Vermelha – Dias 20, 21, 22/01/2025 – Subprefeitura da Praia Vermelha e Unidades Externas
Roçada no Campus Praia Vermelha – Dias 20, 21, 22/01/2025 – Subprefeitura da Praia Vermelha e Unidades Externas
Tapa buraco com asfalto a frio na Avenida Pedro Calmon com Avenida Athos da Silveira Ramos e Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco – 21/01/2025 – Divisão de Manutenção Civil Urbana (DIMA) – Coordenação de Infraestrutura Urbana (CIEU)/Prefeitura Universitária (PU)
Tapa buraco com asfalto a frio na Avenida Pedro Calmon com Avenida Athos da Silveira Ramos e Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco – 21/01/2025 – DIMA/ CIEU/PU
Conserto de vazamento no Terminal de Integração da UFRJ – 23/01/2025 – DIMA em parceria com a Divisão de Águas e Esgotos (DIAE)/ CIEU/PU
Pintura de sinalização horizontal (travessia elevada de pedestres) na Avenida Horácio Macedo (entrada 2) – meia pista – 23/01/205 – DIMA/ CIEU/PU
Pintura de sinalização horizontal (travessia elevada de pedestres) na Avenida Horácio Macedo (entrada 2) – meia pista – 23/01/205 – DIMA/ CIEU/PU.
Manutenção Preventiva na Subestação Principal CT2 – 22/01/2025 – Divisão de Elétrica (DIEL) /CIEU/PU
Manutenção Preventiva na Subestação CT2 – CGTEC – 24/01/2025– DIEL / CIEU/PU
Manutenção Arbórea no Centro de Tecnologia (CT) – 22/01/2025 – Coordenação de Operações Urbano-Ambientais (COUA)/PU
Limpeza urbana – Desobstrução de bueiro na Rua Moniz de Aragão – 22/01/205 – COUA/PU
Serviço de roçada manual no Instituto de Física – 22/01/205 – COUA/PU
Iniciar um detalhado levantamento energético em todos os prédios da universidade e fomentar a introdução de disciplinas ligadas ao tema da sustentabilidade nos cursos de graduação são duas ações imediatas da recém-criada Política de Sustentabilidade e Educação Regenerativa (SER/UFRJ), aprovada em dezembro pelo Conselho Universitário. Mais do que buscar formas de reduzir o consumo e os gastos com energia elétrica e água — uma demanda urgente da reitoria —, a nova política tem como foco uma mudança de comportamento em todo o corpo social da UFRJ, com a pretensão de que essa mudança se espalhe pela sociedade.
“É um desafio muito grande? Sim, é uma utopia. Mas é viável e ela tem que ser perseguida. Não temos outra opção. Se não reduzirmos a emissão de gases de efeito estufa e encontrarmos formas de sequestrar o carbono da atmosfera, nós vamos ter catástrofes num futuro próximo. Fortes ondas de calor, enchentes e queimadas, por exemplo. Temos que nos reeducar. A educação é o motor dessa transformação. Nosso foco é uma mudança de comportamento na UFRJ, por meio da sensibilização, e daí para a sociedade”, acredita o professor Francisco Esteves (Nupem/CCS), coordenador da SER/UFRJ.
LEVANTAMENTO Vinculada diretamente à reitoria, a coordenação da SER/UFRJ vai atuar com o apoio de seis câmaras técnicas (veja abaixo), que vão gerar conteúdos e recomendações relacionados às ações de sustentabilidade e educação regenerativa. Uma delas, sob a coordenação da professora Susanne Hoffmann (EQ/CT), é a Câmara Técnica de Planejamento e Gestão Ambiental. Caberá a ela a elaboração de um diagnóstico sobre as condições de uso de energia elétrica em toda a UFRJ.
AFINADOS Susanne e Francisco integram a equipe da SER/UFRJ e querem sensibilizar para a mudança – Foto: Alexandre Medeiros
É um trabalho e tanto, mas experiência não falta. A professora Susanne vem trabalhando há muitos anos no Plano de Logística Sustentável (PLS), um programa governamental criado em 2012 e obrigatório para órgãos federais. “Quem estava com essa incumbência aqui na UFRJ era um grupo pequeno na prefeitura, sem estrutura e pessoal suficiente para essa tarefa. Cheguei à equipe da SER/UFRJ por conta desse histórico e do diagnóstico que temos do consumo de água e energia elétrica, ainda bem inicial”, diz a professora.
De acordo com as informações mais recentes levantadas no âmbito do PLS, a UFRJ tem acentuadas desigualdades no consumo de energia elétrica entre suas unidades. Se o Restaurante Universitário Central, pelo uso intensivo, tem alto consumo, prédios como o IFCS e o JMM têm baixo consumo. “Esses prédios estão em situação precária, não têm climatização e até iluminação adequadas. Nesses lugares é preciso aumentar o consumo para garantir um bom ambiente para o estudo. Por outro lado, temos prédios onde há excessos ou desperdício, onde é preciso cortar. Temos que equilibrar isso, ter um olhar mais cuidadoso. Deixar um ar-condicionado ligado, por exemplo, pode passar despercebido aqui, jamais passaria em uma residência”, exemplifica Susanne.
Segundo a docente, a inspeção energética pode identificar gargalos e apontar soluções, algumas simples e de baixo custo. “Esse levantamento pode ser feito com equipes também compostas por alunos, estagiários, bolsistas. No CT, por exemplo, há várias salas com somente um interruptor para diferentes gabinetes. Era uma sala grande que foi dividida. Às vezes uma só pessoa trabalha com vários gabinetes com a luz ligada, algo simples de ser corrigido, e barato. A inspeção pode detectar isso e sugerir correções”.
Susanne Hoffmann sustenta que o consumo de energia elétrica na UFRJ não pode ser considerado “exagerado”. “A conta parece muito alta, mas quando a gente olha a conta per capita, a quantidade de alunos que atendemos, essa conta não é muito além do que se espera para uma universidade do nosso tamanho. Isso precisa ser desmistificado. Temos problemas internos, sim. Temos que aumentar nossa rede de medidores de energia. Temos 70 mil pessoas para 65 medidores, aproximadamente. Não é possível mensurar quem exagera ou não no consumo. Precisamos fazer análises mais detalhadas dentro dos prédios, identificar onde é possível usar a energia elétrica de forma mais inteligente. Não vamos reduzir pela metade a conta de energia da UFRJ, pois há lugares em que o consumo precisa subir para garantir condições adequadas, e outros onde ele vai diminuir. Mas talvez consigamos reduzir em 10% ou até 20%”.
No ano passado, os gastos da UFRJ com energia elétrica e água bateram R$ 136 milhões e as concessionárias chegaram a suspender o fornecimento por falta de pagamento. Em 7 de janeiro, o reitor Roberto Medronho reuniu-se com integrantes da coordenação da SER/UFRJ, além do ETU e da Prefeitura Universitária, para definir ações de uso racional da energia elétrica e da água. A inspeção energética foi uma das ações propostas no encontro.
MODELO Ao mesmo tempo em que uma inspeção pode indicar soluções para o uso racional de energia elétrica nos campi, a SER/UFRJ vai trabalhar nas instâncias de decisão da universidade para introduzir disciplinas ligadas à sustentabilidade e à educação regenerativa nas grades curriculares. “O reitor Roberto Medronho procurou o Instituto de Biologia com o intuito de montar um grupo de trabalho para propor uma política para a UFRJ, uma das poucas universidades brasileiras que não tinha uma diretriz estabelecida nesse tema. Fizemos um levantamento e percebemos que as políticas de sustentabilidade de muitas universidades tinham como foco a gestão dos recursos, mas que não tinham um componente que nós incorporamos na nossa política: a educação”, contra o professor Francisco Esteves.
O coordenador da SER/UFRJ acredita que a universidade poderá quebrar paradigmas com mudanças curriculares. “Fizemos apresentações em todos os centros. No CT, um professor da Escola Politécnica veio me procurar após a apresentação e disse assim: ‘A ideia é fantástica. Mas aqui formamos engenheiros que não têm ideia do que é isso. Temos várias disciplinas de Cálculo e nenhuma de Sustentabilidade’. Esse é o desafio. O currículo precisa ser mudado. Vamos induzir essa discussão e mostrar que há necessidade de introduzir a Sustentabilidade em todas as áreas do conhecimento, mudando as grades curriculares, algumas mantidas como eram nas décadas de 60 e 70 do século passado. Temos que mostrar aos alunos, ao longo da graduação e da pós-graduação, que o homem se afastou da natureza e que tem que se reconectar com ela”, defende Esteves. Na visão da SER/UFRJ, a Ilha do Fundão, maior campus da universidade, tem tudo para se tornar um modelo de sustentabilidade. “Temos aqui um potencial enorme. O Fundão é um lugar maravilhoso para ser um campus sustentável. Temos grandes áreas verdes, interface com o mar. Poderíamos ter um grande pátio de compostagem aqui para aproveitamento de resíduos. Temos a Ilha do Catalão, um espaço incrível. Podemos tornar o Fundão um modelo de sustentabilidade”, vislumbra Susanne Hoffmann.
POR DENTRO DA SER/UFRJ: ESTRUTURA, RECURSOS E EQUIPE
A nova Política de Sustentabilidade e Educação Regenerativa deu seu pontapé inicial em outubro de 2023, quando a reitoria reuniu especialistas no tema e instituiu um grupo de trabalho para definir os parâmetros da diretriz. A partir de oficinas ampliadas, esse grupo chegou ao modelo da política aprovada pelo Consuni em 12 de dezembro do ano passado, em que a educação está no centro da gestão ambiental da universidade.
A SER/UFRJ prevê que os conceitos e práticas voltados para a sustentabilidade e para a educação regenerativa devem ser integrados às atividades de ensino, pesquisa, extensão, inovação, gestão, governança, planejamento e gerenciamento de projetos e obras da UFRJ. Além da Coordenação Geral, pilotada pelo professor Francisco Esteves, a SER/UFRJ tem um Comitê Executivo, um Fórum e seis câmeras técnicas.
O Comitê Executivo é composto por um representante docente de cada centro e por dois alunos indicados pelo DCE Mário Prata e pela Associação de Pós-Graduandos (APG), além da Coordenação Geral. Já o Fórum é um órgão consultivo que reúne a Coordenação Geral, o Comitê Executivo e as câmaras técnicas.
As seis câmaras temáticas vão municiar a Coordenação da SER/UFRJ com propostas em várias áreas. “Estamos abertos para receber adesões de alunos, técnicos e professores para nos ajudar na execução da política”, convoca o professor Francisco Esteves. São elas: Ambientalização Curricular e de Pesquisa: será dela a tarefa de propor mudanças curriculares na graduação e também na pós-graduação e extensão. Planejamento e Gestão Ambiental: ficará com a missão de fazer a inspeção energética e sugerir planos de ação para mitigar e evitar passivos ambientais, além de contribuir para a elaboração do Plano Diretor e do Plano de Logística Sustentável. Transição e Futuros Sustentáveis: tem a missão de fomentar uma cultura de sustentabilidade nos campi e unidades externas da UFRJ, inclusive estimulando a formação de parcerias. Comunicação, Escuta Socioambiental e Cultural: vai trabalhar para fortalecer os laços de comunicação, participação e integração dentro da comunidade universitária, contribuindo para a construção de uma universidade mais democrática, sustentável, inclusiva e diversa. Prevenção e Enfrentamento de Desastres Naturais e Emergências Ambientais e Sanitária: vai auxiliar na elaboração de metas e planos de adaptação e mitigação frente às mudanças climáticas, assim como no enfrentamento de situações de desastres. Estratégia de Implementação da Política SER/UFRJ: vai coordenar a elaboração do plano de implementação da política.
A SER/UFRJ terá uma estrutura de apoio para captação de recursos por meio de editais de fomento como os do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), do Ministério de Minas e Energia.
EDUCAÇÃO REGENERATIVA É DIFERENCIAL DA NOVA POLÍTICA
A inserção da Educação Regenerativa na SER/UFRJ é um “pulo do gato” em relação a diretrizes da mesma temática de outras universidades brasileiras e mesmo do exterior. Um amplo levantamento feito pela equipe da SER/UFRJ mostrou que esse é um diferencial, já que as políticas existentes têm foco na gestão dos recursos. “A articulação entre ensino, pesquisa, extensão e inovação será prioritária para que a Educação Regenerativa passe a vigorar nos currículos, no pensamento e na ação da comunidade universitária”, defende Francisco Esteves.
Foi fundamental para a conceituação de Educação Regenerativa o estudo feito pelo professor Guto Nóbrega (EBA), vice-decano do CLA, a partir do qual ficou evidente a necessidade de introduzir a temática da Sustentabilidade nos currículos da UFRJ.
“Ao pensarmos no ambiente da UFRJ devemos considerar a sua força motriz, que é a produção de conhecimento. Estamos falando de práticas educacionais que muitas das vezes são operadas por uma lógica de pesquisa pautada na produtividade e a eficiência. São valores que talvez mereçam ser parametrizados por uma outra temporalidade, menos quantitativa e maquínica, mas mais próxima da natureza e seus ciclos. Para tal feito necessitamos reorientar nossos currículos”, sustenta Guto Nóbrega.
ROMPER BARREIRAS O professor da EBA argumenta que os saberes tradicionais, como os dos povos originários, devem ser incorporados à lógica da academia. “Temos o saber científico, mas também os saberes locais, tradicionais, ancestrais. É papel de uma educação regenerativa e sustentável resgatar tais saberes e reintegrá-los ao lugar de fala da produção de conhecimento”.
Guto Nóbrega sabe que não será fácil incorporar essa visão aos rígidos padrões da academia, mas acredita que a SER/UFRJ possa romper barreiras. “O que é imperativo é uma nova filosofia que promova a mudança necessária no indivíduo, para que possamos a partir nosso lugar de ação transformar nosso ambiente comum. São pequenas mudanças que, somadas pouco a pouco, podem desencadear a transformação comportamental que desejamos para benefício da planeta. Isso se dá no domínio da educação, uma educação regenerativa”.
O professor Francisco Esteves reforça a crença. “Nosso objetivo é efetivamente fortalecer o legado da UFRJ na sociedade com nossas ações e, para tanto, a formação de nossos estudantes, da educação básica à pós-graduação, precisa ter como cerne a sustentabilidade”, diz ele.
Além de Francisco Esteves, Susanne Hoffmann e Guto Nóbrega, integram a equipe de coordenação da Política SER/UFRJ os professores Laísa Freire (IB/CCS), Thiago Gomes (Instituto Politécnico/UFRJ-Macaé), Andrea Borde (FAU/CLA), Jussara Lopes (IQ/CCMN), Fátima Bruno (FACC/CCJE) e Marcelo Côrtes (CAp/CFCH).
Equilibrar o consumo de eletricidade é uma das metas da UFRJ | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Consumo de energia elétrica apenas das unidades da Universidade na cidade do Rio corresponde a cerca de 0,5% do consumo total de energia no município
Eugênia Lopes
Recém-aprovada por unanimidade no Conselho Universitário (Consuni), a Política de Sustentabilidade e Educação Regenerativa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (SER/UFRJ) será um dos principais instrumentos para planejamento e execução de medidas de contenção de gastos com energia elétrica e água na instituição. Em 2024, as despesas com água e energia totalizaram R$ 136 milhões.
“É urgente fazer o uso consciente de energia elétrica e de água. Não só pela necessidade ambiental, mas também por possibilitar economia de recursos financeiros que poderão ser investidos em assistência estudantil, restaurantes universitários, aulas de laboratório e de campo e transporte universitário”, afirma o professor Francisco Esteves, coordenador-geral da Política SER/UFRJ.
Dados da coordenação do SER/UFRJ apontam que, em 2023, só nas unidades localizadas na cidade do Rio de Janeiro, a Universidade consumiu 64.998.816 kWh, o que corresponde a cerca de 0,5% do consumo total de energia no município. Essas unidades têm 65 contas de luz diferentes. O consumo por metro quadrado é de 75 kWh/m²/ano, muito elevado se comparado à média de 53,7 kWh/m²/ano, considerada ideal pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS).
“Consumo eficiente de energia tem a ver com sustentabilidade. É preciso se debruçar na gestão para instituir uma política de sustentabilidade para melhorar a gestão de consumo de energia”, diz a professora Susanne Hoffmann, integrante do Comitê Executivo da Política SER/UFRJ. “Com a Política SER/UFRJ iniciamos um processo de mudanças no comportamento da comunidade universitária no que diz respeito ao uso de recursos naturais”, reitera o professor Esteves.
Reunião
No início do ano, em 7/1, o reitor Roberto Medronho reuniu-se com integrantes da coordenação da Política SER/UFRJ para construir alternativas em curto, médio e longo prazos para a otimização do uso da energia elétrica e da água nos vários campi da Universidade. Nesse primeiro momento, ficou decidida a criação de três grupos de trabalho para estudar os gargalos no consumo de luz e também encontrar fontes extras de financiamento para obras que reduzam os gastos com energia.
Um dos grupos de trabalho irá elaborar projeto-piloto para captação de verbas em editais voltados ao uso sustentável de energia elétrica. Também será feito levantamento das instalações em todos os prédios da UFRJ a fim de ver quais deles precisam ser readequados. Especialistas da Política SER/UFRJ pretendem analisar ainda os motivos que levam unidades da instituição a terem consumo acima do esperado.
“Temos dificuldade de entender onde somos ineficientes. Temos poucos dados na UFRJ. Os prédios são muito grandes; alguns têm consumo excessivo e outros, consumo muito baixo. Precisamos aumentar os pontos de medição para identificar com maior precisão qual é o potencial de redução de consumo e onde podemos implementar projetos de eficiência energética”, diz Hoffmann, que também é coordenadora da comissão gestora do Plano de Logística Sustentável (PLS) da UFRJ.
Reunião debateu estratégias para a redução do consumo de energia na UFRJ | Foto: SER/Divulgação
Consumo
Para dar subsídios aos estudos, Hoffmann apresentou relatório com dados coletados no âmbito do PLS sobre gastos de energia elétrica nas unidades da Universidade no município do Rio. O Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Interfaces Humano-Computador para a Amazônia Cognitivo (LabCog), onde está instalado o supercomputador Lobo Carneiro, e o Restaurante Universitário (RU) Central são exemplos de prédios nos quais o consumo de energia é acima de 200 kWh/m²/ano.
“O consumo de energia no LabCog é alto, mas é justificável porque tem um equipamento importantíssimo para a pesquisa e o desenvolvimento”, afirma a professora. Já no RU, o alto consumo é justificado pela grande quantidade de refeições produzidas, que atendem ao próprio RU Central e também aos restaurantes nos prédios do Centro de Tecnologia (CT), da Faculdade de Letras (FL), ambos na Ilha do Fundão, e na Praia Vermelha.
O relatório traz ainda dados de alguns edifícios que têm consumo abaixo da média esperada, como é o caso do prédio Jorge Machado Moreira (JMM), que fica na Cidade Universitária, e do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (Ifcs), no Centro do Rio. “São exemplos de unidades que apresentam consumos abaixo do esperado, o que reflete a precariedade de operação desses prédios; muitas salas não têm sequer ar-condicionado”, observa Hoffmann.Além do reitor da UFRJ e dos coordenadores da Política SER/UFRJ, participaram da reunião para discutir mecanismos de redução de gastos com água e luz a chefe de gabinete da Reitoria, Fabiana da Fonseca; o prefeito da Cidade Universitária, Marcos Maldonado; o diretor do Escritório Técnico da Universidade (ETU), Roberto Machado; além dos professores Walter Suemitsu, decano do CT, Edson Watanabe, do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), e Robson Dias, da Escola Politécnica.
A Prefeitura Universitária, através da Divisão de Manutenção Civil Urbana (Dima) da Coordenação de Infraestrutura Urbana (CIEU), comunica a interdição parcial ao tráfego de trecho na pista de rolamento (uma faixa) da avenida Horácio Macedo, na altura do acesso de pedestres à Praça Jorge Machado Moreira, nos dias 23 e 28 de janeiro de 2025, no período compreendido entre 09h e 12h.
Trecho da avenida Horácio Macedo será interditado parcialmente. Foto: reprodução Google Maps
A interdição será necessária para a realização da recuperação da sinalização horizontal da travessia elevada (faixa de pedestres), a fim de aprimorar as condições de segurança para o tráfego de pedestres e motoristas no campus.
Solicitamos que os usuários tentem evitar a região, buscando rotas alternativas, nos dias e horários mencionados.
Travessia elevada (faixa de pedestres) terá sinalização horizontal recuperada
Limpeza Urbana - Desobstrução de bueiro na Praça Jorge Machado Moreira - 16/01/2025 - Coordenação de Operações Urbano-Ambientais (COUA)/Prefeitura Universitária (PU)
Manutenção arbórea bloco A do Centro Tecnológico (CT) – 15/01/2025 – COUA/PU
Recolhimento de resíduos vegetais na Avenida Horácio Macedo – 16/01/2025 – COUA/PU
Manutenção no sistema de iluminação pública – Comando 09 – 17/01/2025 – Divisão de Elétrica (DIEL)/ Coordenação de Infraestrutura Urbana (CIEU) – PU
Manutenção corretiva no sistema de iluminação pública – Comando 23 – 14/01/2025 – DIEL/CIEU /PU
Reposição de pneus e chumbamento de sinalização vertical – Curva entre ruas Lobo Carneiro e Milton Santos – 14/01/2025 – – Divisão de Manutenção Civil Urbana (DIMA)/CIEU/PU
Chumbamento de placa de sinalização – Entrada Catalão – 14/01/2025 -DIMA/CIEU/PU
Chumbando ferro de sustentação da concertina – Muro externo da PU – 16/01/2025 – DIMA/CIEU/PU
Limpeza do muro externo PU – 16/01/2025 -DIMA/CIEU/PU